A empresa Med Kos Serviços Médicos envolvida nas denúncias de atuação de falsos médicos no Planalto Norte tem aproximadamente 30 profissionais trabalhando em Papanduva, Canoinhas e Irineópolis.
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A empresa funciona como uma associação de médicos, segundo advogada da Med Kos, Karin de Rezende. Ela explica que é comum os médicos formarem associações para não terem de pagar a tributação sobre pessoa física, apenas sobre jurídica – imposto que é dividido entre os associados.
Segundo Karin, o homem que usava o nome e o registro do médico anestesiologista do Paraná Eduardo Magrim Barros, não apresentou a documentação original no ato da contratação e deixou com a empresa cópias não autenticadas.
A advogada esclarece que como o suposto médico havia prestado concurso para a Prefeitura de Papanduva, no qual teria sido aprovado, ele usava esse argumento para não se associar a empresa, já que é ilegal o mesmo médico ser concursado e prestador de serviço de um mesmo município.
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-Ele não criou problemas em nenhum momento, porque ele era um excelente profissional, nunca teve nenhum tipo de reclamação. Até soube que a população pediu a Prefeitura que ele voltasse-, afirmou Karin.
O suposto médico, que era investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e fugiu após a fiscalização do conselho aparecer no consultório em que ele atendia para solicitar um documento que comprovasse que ele era quem ele afirmava ser, teria atendido uma ligação de uma ex-colega de trabalho, logo após a fuga.
No telefonema, ele teria dito que estudou medicina no exterior, mas não passou na prova do Ministério da Saúde para validar o diploma, por isso usava documento clonado.
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Conforme denúncia feita pela reportagem do Estúdio SC, da RBS TV, em Canoinhas, o falso médico atendeu cerca de 500 pessoas.
Falsa médica também é descoberta
A advogada da empresa Med Kos Serviços Médicos, Karin de Rezende, afirmou desconhecer o caso da mulher que se passava pela médica Roselaine Sturião. O caso veio à tona depois que uma paciente, que se consultou com a médica por conta de uma alergia respiratória, desconfiar do atendimento da médica.
-Eu disse pra ela que eu estava com rinite. Aí, eu achei engraçado que ela falou assim pra mim: “Tá, o que será que eu receito para você?” Ela fez a receita e me entregou, e beleza. Só que na verdade eu fiquei tão insegura com a consulta dela que acabei nem comprando o remédio. Peguei a receita, coloquei na bolsa, e nem comprei. O que me chamou a atenção mesmo é que ela foi muito vaga como médica.
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A paciente decidiu pesquisar o nome da suposta médica na internet e foi surpreendida ao encontrar uma foto de Roselaine em uma rede social segurando o diploma.
– Eu fiquei chocada porque na verdade não tinha nada a ver com a pessoa que tinha me atendido no hospital-, conta.
A equipe do Estúdio SC da RBS TV descobriu que a falsa médica deixou de fazer plantões nas unidades de saúde das região na mesma época em que o falso médico foi descoberto pelo CRM.
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