A fábrica da Bela Vista Produtos Enzimáticos é pequena: conta com 33 funcionários. Mas esse número disfarça a quantidade de clientes que possui e a extensão territorial que atinge com as exportações de seus produtos. São mais de mil clientes e uma lista de 12 países com quem tem relações comerciais. O trunfo e a inovação da Bela Vista foi ser, há 33 anos, a primeira empresa do país a produzir o coalho natural em solo brasileiro.

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Atualmente, a gama de produtos vendidos às empresas do setor lácteo aumentou. No município de Alto Bela Vista, com pouco mais de dois mil habitantes, são fabricados produtos como aromas, coagulantes, fermentos e enzimas.

O gerente industrial da empresa, Enio de Almeida Castro Junior, conta que a fábrica surgiu porque os funcionários da Companhia Jensen, na época uma multinacional que produzia queijos, começaram a produzir o coalho de forma experimental – e uma das tentativas deu certo.

– A fábrica de queijos acabou fechando, mas ficou a fábrica de coalho – lembra ele.

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Para não perder mercado, uma vez que atualmente a empresa não é mais a única nacional a produzir o coalho, o projeto da Bela Vista é expandir o portfólio a novos parceiros internacionais. A aposta recente da empresa é o Uzbequistão.

Setor de laticínios, que cresce 7,5% ao ano, pretende expandir mercado

Os produtos comercializados pela Bela Vista têm como principal cliente o setor de laticínios, que em SC ocupa a quinta posição nacional em produção de leite e derivados. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), Nelton Rogério de Souza, explica que coagulantes e aromatizantes são fundamentais para que as indústrias produzam os alimentos que o brasileiro encontra nas prateleiras dos supermercados, tais como queijos e iogurtes.

– Não é comum em Santa Catarina termos empresas que forneçam esses produtos às indústrias; eles geralmente vêm de Estados como Minas Gerais. Ter uma fábrica que possa fornecê-los é muito positivo – diz.

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Assim como a Bela Vista, a indústria de laticínios de SC tem como desafio exportar seus produtos. Anualmente, o setor cresce 7,5% em média, e em breve precisará expandir o mercado consumidor para não reduzir o ritmo das produções.

– O desafio é diminuir os custos de produção, para ser competitivo no mercado, além de primar pela qualidade dos produtos – destaca.