A operação, realizada nesta semana, que apreendeu 28,7 toneladas de barbatanas de tubarão em Itajaí, no litoral Norte de Santa Catarina, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (21). Isso porque a empresa responsável pela maior parte da carga afirma que se trata de um estoque formado por “no mínimo, três anos de represamento no processo de exportação”. As informações são do g1 SC.
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Em nota, a empresa pesqueira Kowalski disse que “industrializou o pescado e comercializou no mercado interno, sem que houvesse qualquer óbice”.
“O subproduto do pescado (barbatanas) não consumido no Brasil foi direcionado para exportação, conforme requerimentos que datam o ano de 2021”, diz a Kowalski.
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O Ibama, por sua vez, destacou que a atuação ocorreu por causa de diversas irregularidades cometidas pelas embarcações — que vão desde a captura com ausência de licença para aquela modalidade de pesca, captura direcionada para tubarões em desacordo com a licença de pesca e pesca proibida com o uso de equipamentos em desacordo com a legislação.
A pesca direcionada para tubarões, conforme o Ibama, é proibida no Brasil. Por isso, a suspeita é a de que as embarcações usadas para a captura dos animais valiam-se de licenças de captura de outras espécies de peixe e atuavam com índices acima de 80% da carga permitida.
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As embarcações também deixaram de utilizar medidas obrigatórias para evitar a captura e morte de aves marinhas, o que acaba por causar milhares de mortes de aves, sendo algumas de espécies consideradas ameaçadas de extinção, disse o órgão.
O quantitativo apreendido representa a morte estimada de 10 mil indivíduos de tubarões, conforme informou o instituto.
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O que diz a empresa
A empresa COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PESCADOS KOWALSKY LTDA., vem a público, através de seus advogados, esclarecer a notícia veiculada sobre a comercialização de subprodutos de cação, dando conotação absolutamente equivocada a população de se tratar de crime ambiental.
A empresa Kowalsky dedica-se a industrialização de pescados para comércio nacional e internacional, possuindo registro no Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Ibama e demais órgãos públicos voltados a atividade pesqueira, motivo pelo qual é constantemente fiscalizada.
Todo o pescado que adentra em suas instalações passa por rigorosa inspeção por equipe técnica treinada, com analises documentais de origem e procedência, bem como analises de qualidade e identidade de matéria-prima.
Desta forma, a empresa garante que as espécies quando recepcionadas NÃO SE ENCONTRAVAM COM AMEAÇA DE EXTINÇÃO ou qualquer outra restrição.
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As embarcações que promoveram as respectivas capturas possuíam Autorização de Pesca para tais espécies, cumprindo sua obrigação de informar o Ministério da Pesca todas as capturas, locais e horários.
Outrossim, a empresa industrializou o pescado e comercializou no mercado interno, sem que houvesse qualquer óbice. O subproduto do pescado (barbatanas) não consumidas no Brasil foram direcionadas para exportação, conforme requerimentos que datam o ano de 2021.
*Com informações do g1/SC
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