A Zagonel, de Pinhalzinho, é um exemplo de que sustentabilidade ajuda no negócio. A empresa nasceu com uma ideia que beneficiou o meio ambiente e a colocou entre as cinco maiores fabricantes de duchas de banho do país. Roberto Zagonel, um dos fundadores e diretor da indústria, desenvolveu quando era estudante a ducha eletrônica com escala gradual de regulagem de temperaturas. O resultado foi uma economia de 40% a 60% de energia elétrica.
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A ideia rendeu ao empresário o prêmio Inventor Inovador, de 2009, concedido pela Finep – Agência Brasileira de Inovação. Porém, a preocupação com a economia de recursos naturais não parou. Na fábrica, com 260 colaboradores, as luzes têm sensores de acendimento automático e 100% dos materiais utilizados nos produtos são reciclados.
Zagonel explica que, se fosse vender cobre para sucata, ganharia R$ 5 por quilo. Assim, com o custo de R$ 12, a fábrica tem novamente a matéria-prima, que custaria o dobro se fosse comprada nova. A estimativa é de uma economia de 10% a 15% em materiais e consequentemente no custo.
Já as sobras que não são reaproveitadas, como o papel e o papelão, são recolhidas e vendidas para empresas de reciclagem. O valor economizado neste processo proporciona viagens de lazer aos funcionários.
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Economia de recursos é vantagem para competir com os importados
As empresas do setor metalmecânico e de material elétrico de Santa Catarina estão apostando na reciclagem de materiais e na sustentabilidade dos processos para também baratear custos e assim competir com os produtos importados, principalmente da China e da Índia. Esse é o cenário apresentado pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Chapecó (Simec), Dirceu Gasparini.
De acordo com ele, o setor enfrenta alguns gargalos, como a infraestrutura deficitária, a alta carga de impostos do país e a falta de mão de obra.
– A saída é importar alguns componentes mais baratos e focar a produção no que dá resultado positivo, melhorando a produtividade – acredita.
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Outra saída é a aplicação de mais tecnologia nos produtos. O sindicalista afirma porém que o setor ainda terá bons resultados devido à expansão de obras para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Ele só não sabe se esse ciclo continuará após os eventos.