Ganhar clientes e, ao mesmo tempo, evitar o confronto com empresas já estabelecidas no mercado. Foi com esta estratégia que a Microvix conquistou a melhor colocação entre as empresas da região Norte no ranking das pequenas e médias que mais cresceram entre 2008 e 2010 no País.
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Para chegar ao 28º lugar da lista elaborada pela revista “Exame PME” e consultoria Deloitte, o segredo foi usar tecnologia para inovar e oferecer um produto diferenciado. No caso, o primeiro sistema de gestão de empresas (ERP) via internet, como diz o CEO Hugo Fabiano José Cordeiro.
Ele conta que, no começo de 2000, primeiro ano da Microvix, eram três clientes, todos de Joinville. Hoje, o sistema está em seis mil lojas de todo o Brasil, incluindo grifes que trabalham com franquias, como Triton e Chilli Beans.
Engenheiro de formação, o CEO da Microvix enxergava tudo como números, o que atrapalhou no começo. Fez falta o domínio na gestão de pessoas.
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– Aprendi na marra-, conta Hugo Cordeiro.
Hoje, todas as ações da empresa são apoiadas no tripé tecnologia, inovação e pessoas.
Tudo é orientado para os resultados e há plano de participação nos lucros bastante agressivo para quem atinge as metas, estabelecidas de forma escrita. A recompensa chega a até quatro salários extras por ano.
Estado tem 12 nomes na lista
O ranking das PMEs que mais cresceram entre 2008 e 2010 no Brasil é encabeçado por uma catarinense. A Ekotex, de Pomerode, cresceu 1.143,5% no período. O segundo melhor desempenho do Estado ficou com a construtora Queiroz Mello, de Balneário Camboriú, 6ª melhor do País, com 453,4% de crescimento.
O Estado conta com outros nove nomes da lista. A 6ª melhor colocada em SC também é de Joinville. A Selbetti ficou na posição 69º no ranking nacional e cresceu 99,8% em dois anos.
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Gerente sênior da Deloitte e responsável técnico pela pesquisa, Fernando Ruiz, diz que os relatórios mostraram que o desempenho das principais PMEs tem como base o tripé gestão de finanças, de pessoas e controle de custos para melhorar rentabilidade.
Sobre Santa Catarina, ele afirma que o Estado chama a atenção pela boa estrutura de negócios e diversidade econômica.