Um documento enviado pela empresa têxtil catarinense Altenburg aos seus empregados está causando polêmica por sugerir opções de voto. O texto, que foi parar no Facebook, indicava nomes de candidatos a todos os cargos em disputa – governo federal, governo do Estado, senador, deputado estadual e fedural – e afirmava que as sugestões atendiam ao código de ética da empresa. A informação foi divulgada primeiramente pelo blog Guarda-Sol.

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:::Empresa catarinense provoca polêmica ao sugerir votos aos empregados

A assessoria de imprensa da Altenburg, localizada em São Paulo, confirmou a veracidade do documento e informou que a empresa não se manifestaria sobre o caso.

De acordo com o Juiz da 97.ª Zona Eleitoral, de Itajaí, Roberto Ramos Alvim, a empresa pode manifestar o desejo de que os empregados votem em determinados candidatos. Mas, eles não podem sofrer punições caso optem por outros candidatos.

Obrigar um funcionário ou qualquer pessoa a votar em determinado candidato seria considerado aliciamento do voto. Neste caso, a responsabilidade da empresa deve ser apurada e, caso confirmado o crime eleitoral, ela sofrerá as penalidades previstas no Código Eleitoral.

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Alvim, avalia, contudo, que não vê como o patrão poderia fiscalizar o voto do empregado, que pode expressar-se livremente na urna.