Histórico de ameaças contra o empreiteiro catarinense Aldenei Cardoso da Silva, 52 anos, morto na noite passada no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre, reforça a tese da Polícia Civil de que o empresário radicado no Rio Grande do Sul foi vítima de uma emboscada. A mais recente teria sido feita em fevereiro.
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Depois de tratar inicialmente a morte do empresário como latrocínio (roubo com morte), a Polícia Civil mudou a linha de investigação nesta manhã. Por haver indícios de que se trate de uma execução, o caso foi repassado pela 8ª Delegacia da Polícia Civil (Petrópolis) para a 2ª Delegacia de Homicídios, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
– Não pegaram a carteira dele que estava à mão, também não levaram o carro, mesmo com as chaves. Pelo que levantamos ainda, eles poderiam ter abordado, instantes antes, outro carro semelhante que chegava a um prédio – explica o delegado Gerson Mello, titular 8ª DP.
Nos últimos anos, o empresário da construção já havia registrado ocorrências em que afirmava ser vítima de diversas ameaças, algumas motivadas por desavenças profissionais, outras ligadas a questões pessoais.
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– Não são apenas ameaças antigas. A última, em fevereiro, teria relação com o seu trabalho – confirmou o delegado.
O empresário foi morto na noite desta quinta-feira em um ataque feito por dois homens em um carro no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre. A vítima foi alvejada com dois tiros, um na face e outros nas costas, após deixar o interior do seu carro um BMW 320, por volta das 21h10min, na Rua Doutor Freire Alemão.
Por volta das 10h30min desta manhã, o corpo do empreiteiro foi liberado à família pelo Departamento Médico Legal (DML) após necropsia. Procurado por Zero Hora, um dos filhos do empresário preferiu não falar sobre o caso.
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– A família não quer falar neste momento, só queremos saber o que aconteceu – resumiu.