A geração de empregos formais caiu quase pela metade em agosto deste ano e atingiu o nível mais baixo desde 2003, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 100,9 mil novos postos de trabalho ante 190,4 mil no ano passado. Em 2003, o número foi de 19,7 milhões.
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O saldo atual é o resultado de 1,8 milhões admissões e 1,7 milhões demissões.
De acordo com o secretário substituto de Políticas Públicas do ministério, Rodolfo Torelly, o resultado foi uma “surpresa”, mas não chega a ser motivo de alarde, considerando o contexto da crise econômica mundial. Segundo ele, a queda pode ser atribuída ao comportamento instável e menos previsível do mercado em relação aos meses anteriores.
– Quase todos os setores tiveram perda de dinamismo e geraram menos emprego que o normal – disse.
O secretário ainda informou que os dados do Caged confirmaram a alta rotatividade no mercado brasileiro e que o ministério vem estudando medidas para combater o fenômeno.
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– Não é possível que seja necessário admitir 1,8 milhão de pessoas e demitir 1,7 milhão, para que sejam criados 100 mil empregos.