Rodar o mundo em um confortável barco, descobrindo culturas exóticas e desbravando picos de surfe inexplorados. O sonho de muita gente foi realizado pelo manezinho Diogo Guerreiro, 31 anos. Mas não foi fácil. Sem dinheiro, nem experiência, ele levou sete anos para convencer os patrocinadores a investirem no projeto caro e sem garantia de retorno. Foi preciso provar que ele e os amigos Flavio Jardim, Eduardo Moreira e Fabio Braga não eram apenas moleques à toa a fim de surfar. O quarteto registrou a marca Destino Azul e, em 2002, foi de Floripa a Fernando de Noronha em um veleiro. Em 2002, Diogo e Flávio atravessaram a costa brasileira, do Chuí até o Oiapoque, em uma viagem de um ano e meio em um windsurfe, o que rendeu a inclusão da trip no Guiness Book como a mais longa jornada de windsurfe do mundo. Mas a aventura mais arriscada seria a travessia oceânica de Fernando de Noronha para Natal, também em uma prancha de wind, mas dessa vez encarando noite em alto-mar. Para complicar, o parceiro de travessia foi mordido por um cachorro antes de embarcar e Diogo encarou a travessia perigosa sozinho.
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O perrengue foi recompensado. A aventura chamou tanta atenção que a Mormaii apostou no sonho e terminou por bancar a volta ao mundo de Diogo e Flavio em um catamarã. A aventura durou dois anos e meio e terminou em 2011.
Morador da Lagoa da Conceição, adepto de alimentação equilibrada, literatura e esportes aquáticos, Diogo, hoje com cinco empresas, barco próprio que aluga para surfistas na Indonésia e projetos em parceira com a Mormaii, personifica um lifestyle que é a cara de Floripa.
Confira galeria de fotos da expedição Destino Azul
O que te move?
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Viver a vida intensamente. Tentei fazer faculdade de arquitetura porque achava que era isso que deveria ser feito ou aquilo que esperavam de mim. Até que vi que não me identificava e resolvi seguir meus sonhos.
Próxima aventura
Dar a volta na Ilha de Floripa em uma prancha de stand up paddle sem parar em terra.
Melhor pico
Papua Nova Guiné foi o lugar mais incrível que visitei. O povo é muito amigável e em alguns lugares mais remotos o dinheiro não tem valor nenhum. Era tudo na base do escambo, a gente dava uma camiseta ou ensinava a surfar e ganhava uma fruta, por exemplo.
Estilo surfe ou social?
Ando usando roupas mais formais em função da agenda de reuniões.
Fica a dica
Dar a volta ao mundo de barco não é impossível. Bem planejado é acessível para todos.