— Liderar, empreender e inovar estão presente de várias formas no ensino médio, mas alcançam de forma transversal a escola em projetos que dão total protagonismo aos alunos —

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Diretor-geral do Colégio Bonja, Silvio Iung

Mais do que sucesso nos negócios, o empreendedorismo pode ser entendido como a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Dessa forma, independente de qual área que uma pessoa quer seguir em sua carreira profissional, é preciso ter uma visão empreendedora.  

É por isso que os colégios estão investindo no desenvolvimento do empreendedorismo nas crianças desde os primeiros anos de ensino. Até a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já reconhece essa habilidade como uma aprendizagem essencial da Educação Básica, sendo um dos eixos estruturantes dos itinerários formativos propostos no documento.

Importância do empreendedorismo para a sociedade

Com o objetivo de transformar o mundo através da educação, a fundadora da Maple Bear Floripa Ilha e educadora há 30 anos, Adriana Digiácomo, também é defensora da tese que o empreendedorismo deve ser desenvolvido nas crianças desde os anos iniciais de ensino.

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— A importância de desenvolver e incentivar o empreendedorismo nas crianças é poder proporcionar a possibilidade de formar indivíduos que tenham clareza de si e dos outros, que reconheçam um modo produtivo de contribuir com a sociedade em qualquer área de atuação e que estejam engajados com o compromisso de se tornarem seres capazes de transformar o mundo em um lugar melhor — explica Adriana.

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O ambiente educacional empreendedor cria espaços de participação, protagonismo e facilita a experiência e o aprendizado a partir de diversas tentativas e erros. Tudo isso contribui para o desenvolvimento do pensamento científico, da aprendizagem socioemocional, da comunicação, da argumentação, da empatia e cooperação, da responsabilidade e cidadania e da cultura digital.

Engana-se quem pensa que empreendedorismo só diz respeito ao sucesso em algum negócio. Empreender também é sobre ter uma visão ampla e sistêmica da economia e do ecossistema no qual um negócio está inserido. Desta forma, um bom empreendedor deve ter também responsabilidade social.

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— Se formos capazes de orientar e motivar as crianças, contribuiremos para um mundo em que o respeito e o bem comum estejam acima do individualismo e do imediatismo — complementa Adriana.

Educação empreendedora simula situações reais

O ensino na escola de Adriana busca desenvolver uma atitude empreendedora nas crianças através de projetos desenvolvidos que simulam uma situação real, com todos os desafios e oportunidades reais.

— Na escola, mostramos para as crianças que uma atitude empreendedora vai muito além de abrir uma empresa. Ser empreendedor é ter o compromisso de oferecer ao mundo o seu melhor usando a criatividade, perseverança, autonomia e flexibilidade — explica Adriana.

Através dos projetos desenvolvidos com as turmas, cada etapa necessária para construir um negócio é planejada, envolvendo os estudantes em todo o processo

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— Desenvolvemos o comprometimento para fazer com que tudo dê certo. Perseveramos e fazemos os ajustes necessários para alinharmos as nossas ideias. Flexibilizamos quando nos deparamos com obstáculos ou com pensamentos muito divergentes. Somos autônomos e confiamos nas nossas opiniões, mesmo que sejamos criticados por isso e, principalmente, estimulamos a nossa capacidade de inventar e inovar por meio da criatividade — ressalta Adriana. 

Empreender exige competências multidisciplinares

As habilidades de uma educação empreendedora vão além de saber lidar com o mercado de trabalho. Elas devem ser desenvolvidas na escola, desde os anos iniciais de formação dos alunos, já que para empreender é necessário desenvolver competências multidisciplinares como capacidade de se comunicar, ter empatia, criatividade, inovação, visão de futuro, postura, organização e resiliência.

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Dessa forma, empreender é um constante processo de aprendizagem. Não existe um empreendedor pronto, ele estará sempre aprendendo e se adaptando aos novos ambientes. Por isso, a importância de ser trabalhado o conceito de resiliência nos colégios, já que enfrentar os novos desafios e reinventar-se em um mercado que está sempre se modificando são fundamentais para a sobrevivência de qualquer negócio. Uma educação empreendedora permite ao aluno criar soluções para problemas, estimula o pensamento crítico e a busca por inovação.

Comunicação é essencial para um bom empreendedor

A capacidade de se comunicar bem e em mais de um idioma é essencial para um bom empreendedor. Por isso, no Colégio Bonja, de Joinville, a linguagem e a oratória são desenvolvidas nos estudantes desde pequenos, por meio de projetos como o “Todos em Debate“, que são realizados em português, inglês e alemão. 

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Dessa forma, os idiomas recebem especial atenção no Bonja. Além do inglês, o alemão é o grande diferencial oferecido aos alunos. A partir do quarto ano, o colégio oferece certificações de proficiência.

— Nos níveis mais elevados, do B1 ao C1, pelo quadro europeu de referência para línguas estrangeiras, certificamos mais de 200 alunos anualmente — destaca o diretor-geral do Colégio Bonja, Silvio Iung. 

Além do idioma, a Educação Empreendedora é uma abordagem para o desenvolvimento de competências e habilidades importantes para a vida na sociedade contemporânea. Esse tipo de educação compreende iniciativas diversas que estimulam as competências empreendedoras, ou seja, o conjunto de competências que permitem que o indivíduo seja capaz de tirar suas ideias do papel, quer no âmbito profissional, quer no âmbito pessoal.

Inteligência emocional é necessária para empreender

Por isso, no programa VivaE, projeto desenvolvido desde da educação infantil no Bonja, trabalha-se a inteligência emocional. O objetivo é ensinar os alunos a conviverem com sentimentos que são parte da vida, como frustração, conquista e alegria. Por isso, criar ações e projetos que desenvolvam o empreendedorismo pode ajudar os estudantes não só no aprendizado das disciplinas, mas também no desenvolvimento pessoal e profissional para o futuro.

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Disciplinas específicas para o empreendedorismo

No Bonja, a partir do 7º ano,  conteúdos mais voltados para o espírito empreendedor são evidenciados no currículo por intermédio de disciplinas como Liderança Colaborativa e Empreendedorismo. Os alunos também podem optar por programas com uma oferta mais completa de disciplinas voltadas para a inovação, como cultura maker, cidadania financeira e conhecimentos dentro do Bonja Connect. A gamificação, aos moldes de jornadas de inovação e empreendedorismo, tem muito espaço também no ensino do Bonja.

Empreendedorismo por necessidade desperta para novas oportunidades profissionais

Além disso, o Ensino Médio do Colégio Bonja permite que todos os alunos façam escolhas de disciplinas conforme o projeto de vida de cada um.

— Liderar, empreender e inovar estão presente de várias formas no ensino médio, mas alcançam de forma transversal a escola em projetos que dão total protagonismo aos alunos — explica Silvio. 

Inovação e tecnologia

Uma novidade na cultura empreendedora que o  Bonja promove está nos programas e ações desenvolvidos diretamente dentro do ecossistema de inovação.

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— O Bonja se tornou a primeira escola de educação básica no Brasil a estar integrada em um parque tecnológico, em parceria com o Ágora Teck Park. Essa iniciativa permite aos alunos aproximar-se de startups e empresas, entendendo seu funcionamento e interagindo com quem atua na indústria e prestação de serviços — destaca Silvio. 

Além disso, o Bonja aproxima os alunos de universidades, como a UFSC, auxiliando-os nas suas escolhas profissionais, e os conecta às organizações que promovem a inovação, como Join.Valle, Softville e FabLab.

Ações que comprovam, também, que as iniciativas das escolas são destaques para preparar os alunos para a sociedade contemporânea. 

Saiba mais sobre empreendedorismo, inovação e o mundo dos negócios no especial Gestão de Valor, no NSC Total.

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