O grito de gol que a torcida brasileira não deu no jogo de hoje, entre Brasil e México, refletiu diretamente na movimentação pelas ruas de Itajaí no início da noite. Sem a vitória brasileira, não houve buzinaço ou carreatas, nem se ouviu o som das famosas vuvuzelas nas principais avenidas da cidade.
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Depois da partida, que terminou em 0 a 0, o Mercado Público ainda reunia boa parte do público que acompanhou o jogo de lá – cerca de 300 pessoas. Um show de rock nacional com uma banda local encerrou a noite e garantiu que o local fosse o mais movimentado do Centro.
Mesmo desanimada com o resultado, a enfermeira Carina Deparis, de 25 anos, ainda ostentava a bandeira nacional nas costas depois do jogo. Na avaliação dela, a torcida brasileira também deixou a desejar, e isso pode ter influenciado no desempenho da seleção em campo. O grande destaque da partida, para ela, foi o goleiro do time adversário, o mexicano Guillermo Ochoa.
– Eu esperava pelo menos 1 a 0 para o Brasil, por ser um jogo em casa. Eu sou brasileira, e estava esperando uma vitória do Brasil. Agora, espero que cheguemos à final enfrentando a equipe da Argentina. Vai ser interessante, já que aqui na região tem bastante argentino – observa Carina.
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Na opinião do comerciante Victor Hugo Vieira, 29 anos, a seleção brasileira cumpriu seu papel, mas foi o goleiro mexicano também o grande destaque da partida.
– Acho que a seleção jogou bem, mas não deu. Jogo é isso. Um dia se ganha, noutro dá empate, como hoje – resumiu.
Trabalho em meio aos lances
Enquanto uns acompanharam atentos cada lance da partida entre Brasil e México, outros trabalharam – e muito. Este foi o caso da garçonete Alexia Fontoura Correa, de 19 anos, do bar e restaurante Engenho do Mar, do Mercado Público. Apesar do corre-corre, ela garante que ainda consegue encontrar um tempinho entre um atendimento e outro para acompanhar o jogo e torcer pela seleção.
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– Aqui é bom porque dá pra gente assistir junto, se não tivesse como seria mais chato. Mas que queríamos estar sentados tomando uma cervejinha e assistindo o jogo, isso com certeza – disse a paranaense de Foz do Iguaçu, que há nove meses mora em Itajaí.
De acordo com Rodrigo Machry, dono do bar e restaurante Engenho do Mar, um dos três instalados no Mercado Público, no jogo de hoje a movimentação dos torcedores itajaienses no espaço foi ainda maior do que na estreia do Brasil na Copa do Mundo.
– Na estreia vendemos 25 caixas de cerveja, cerca de 600 garrafas, mas hoje o volume de vendas foi, sem dúvida, maior – avaliou o empresário.
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Por toda a avenida Beira-rio, bares e restaurantes abriram as portas para atender os torcedores brasileiros que preferiram assistir ao jogo na rua. Diferentemente da primeira partida, a movimentação agora foi tímida.