O empate com dificuldades do Joinville diante do Metropolitano, no Estádio do Sesi, numa primeira rodada, foi completamente normal dentro do atual cenário do clube. Quem imaginou algo diferente talvez não tenha noção do momento do futebol do JEC e do próprio adversário.
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O Tricolor atuou com cinco jogadores novos (Ricardo Vilar, Itaqui, Rodolfo, Renan e Nathan (foto), todos sem entrosamento. Ao lado deles, estiveram jovens como o zagueiro Coltro, o meia-atacante Jean Felipe e o centroavante Adriano. Isso sem falar nos "mais experientes da base", como Gustavo, Roberto e Kadu, também revelados no Tricolor. Por aí, dá pra ter uma noção que o trabalho apenas começou e essa equipe vai sofrer grandes transformações.
No outro lado, embora tenha recém-saído da Segunda Divisão, o Metropolitano entrou em campo como campeão da Série B do Catarinense, jogando em casa, com uma equipe mais entrosada e em atividade há pouco tempo – parou há duas semanas. Tudo isso fez diferença para o volume de jogo apresentado pelos blumenauenses.
Por fim, o gramado prejudicou o Joinville, que teve dificuldades para trocar passes, especialmente na construção das jogadas. No segundo tempo, acertou mais e melhorou. O saldo foi um empate que mostrou uma equipe aguerrida e disposta a reagir. Pelo menos neste primeiro jogo, o JEC lutou bastante para evitar a derrota, algo que não acontecia na Série C.
Empatar tomando sufoco do Metropolitano é bom? Claro que não. Mas é preciso ponderar que o Joinville não vence o Metropolitano em Blumenau desde 2009. Ou seja, nem equipes vice-campeãs do estado (2014 e 2016) e uma campeã no campo (2015) venceram. É claro que esse é o Metrô da Copa SC. Mas esse também é o JEC da Copa SC, um clube rebaixado à Série D. Enquanto o torcedor não se conformar com a atual realidade e aceitá-la, o JEC não sairá do lugar.
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Na Copa SC de 2009, o JEC (campeão, que foi para a Série D) perdeu para o Avaí B. Poucos lembram disso. Hoje, o Joinville é um time que começou um novo trabalho há 20 dias. Mais uma vez: jogaram neste domingo cinco atletas recém-contratados. Outros três fizeram sua primeira partida como profissional. Essas coisas pesam, incomodam, mas são naturais para um clube que começou do zero.
Próximos passos
O que se espera do Joinville é uma evolução na questão dos passes e do posicionamento da defesa nas bolas paradas, algo que não aconteceu, mas é natural também em inícios de trabalho. Até o próximo jogo, contra o Figueirense, Wagner Lopes terá uma semana de atividades. Menos ansiosos, os jovens poderão responder mais.
Há a possibilidade de contar com Allan Dias, que pode melhorar a construção ofensiva. Quem sabe até, outros atletas podem chegar – o departamento de futebol não descartou a hipótese. O fato é que o torcedor precisará ter paciência. Este Joinville não será arrasador de uma hora para outro. Nem aquele de 2009, campeão da mesma Copinha, foi.