De terno, semblante fechado e emocionado, Cesar Cielo reuniu a imprensa na noite desta sexta-feira para explicar o episódio do flagrante de doping pela substância furosemida. Durante cinco minutos, leu trechos da nota oficial que havia divulgado mais cedo. Ao lado de Nicholas Santos e Henrique Barbosa, também flagrados, o campeão olímpico e mundial disse que passa por exames constantes, agradeceu o apoio dos torcedores e revelou sair do episódio fortalecido. As informações são do site globoesporte.com.
Continua depois da publicidade
Leia mais
> Confira a íntegra da nota oficial de Cielo
> “Falta de limpeza” em farmácia causou doping
– Saio com três grandes ensinamentos. O primeiro é que quem não deve não teme. Estou junto com meus companheiros. O segundo é que a verdade sempre aparece, e verdade está ao nosso lado, isso foi provado. O terceiro é que o que não te derruba te fortalece. Sairemos muito mais fortes do que antes e faremos todo o possível para representar o Brasil e o Flamengo da melhor forma. Agradeço todas as manifestações de apoio e volto a me concentrar com meus companheiros no treinamento para o Mundial de Xangai. Peço aos torcedores que rezaram pela gente que rezem o triplo, por favor, que torçam o triplo – afirmou Cielo.
Continua depois da publicidade
Cielo defendeu-se, afirmando que passa por exames constantes ao longo do ano e lembrou que apenas este testou positivo. A CBDA informou que houve uma contaminação por culpa da farmácia de manipulação que fazia os suplementos alimentares dos nadadores.
– Faço controle antidoping periodicamente. Já fui testado cinco vezes neste ano. Sou um dos atletas da comissão de controle antidoping da Fina, então sempre informo meus deslocamentos e posso ser testado a qualquer momento, em qualquer lugar – afirmou o nadador.
Flagrados no exame, Cielo, Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa nadadores declinaram no direito de realização da amostra B. Os atletas definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, ficando comprovado que não houve aumento dos seus desempenhos. O painel, dentro do espírito da legislação da Federação Internacional de Natação – FINA, notadamente na regra DC 10.4, optou por uma advertência aos quatro nadadores uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio. De acordo com a regra DC 9 da FINA, os atletas perdem os resultados, prêmios, certificados e medalhas obtidos no Troféu Maria Lenk de Natação.
A Fina tem, agora, 20 dias para saber se acolhe a alegação dada pelos nadadores à CBDA ou se necessitará de mais esclarecimentos para definir se aceita ou não a decisão. Caso a Federação rejeite a explicação, os brasileiros ou a Confederação podem ser levados ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Continua depois da publicidade