Ao fundo da Rua XV de Novembro, no Centro de Blumenau, a música rompia o silêncio da espera de um ano. Os olhares ansiosos e braços apoiados nas grades metálicas aguardavam a passagem dos foliões trazendo as alegorias que celebram a tradição germânica e anunciar que a 36ª edição da Oktoberfest, de fato, começou.

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Quem não conhecia se encantou com a celebração da história de um povo que veio da Europa para se instalar às margens de um rio em um país tropical em pleno século XIX e que, agora, passados tantos anos e novas gerações cantavam, dançavam e se divertiam com carros alegóricos e brinquedos. Veículos esses que deslizam em festa sobre o mesmo lugar em que os ancestrais derramaram o suor das testas para erguer a cidade.

— É lindo, maravilhoso, espetacular. Isso é muito emocionante. O resgate da história e da cultura da cidade é muito importante. É de arrepiar toda essa tradição — afirma Lenir Scherer, turista gaúcha que mora em Rondônia e veio a Blumenau pela primeira vez para curtir a Oktobefest.

De tradicional, só faltou a chuva, comum à época do ano. E os moradores, que capricharam na decoração da cidade para a chegada da festa, agradeceram.

Na principal via da região central de Blumenau, a multidão, que durante o dia subia e descia a sinuosa rua, parou para ver com alegria as 113 alegorias passarem, com escolas da cidade, grupos folclóricos, clubes de caça e tiro e os 17 brinquedos do mundo encantado da Planetapeia – que depois de muitos anos voltou a participar de um desfile de abertura da festa.

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O barulho dos carros e o calor, que foi marcante ao longo dos últimos dias, deram espaço à música e ao frescor da alegria de quem comemorava a chegada de outubro ontem à noite.

Turistas ansiosos pelo início da festa

Ansiedade não somente para quem é da cidade, mas também para quem não via a hora de aproveitar a Oktober. Deixando a festa da própria terra em segundo plano.

— A gente sempre via essa festa pela televisão e agora tivemos a chance de estar aqui na Oktoberfest original. Ainda não fui na (Oktober) de São Paulo para ver como é aqui, porque acho que igual a essa aqui, só a de Munique — diz o turista paulista Regis de Oliveira Barbosa, ao lado três amigos.

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