O encontro do G-20, grupo de países que discutirá em São Paulo os rumos de uma economia mundial em crise, começa oficialmente neste sábado, mas os países emergentes, em reuniões realizadas na sexta-feira, já afinaram o discurso para aproveitar a turbulência mundial e propor a reorganização do sistema financeiro internacional.
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Neste novo cenário, países como Brasil, China, Índia, Rússia, África do Sul e México trabalham de forma coordenada para ganhar mais “voz” nas decisões multilaterais. Em comum, essas nações têm o olhar crítico sobre a atuação de grandes entidades internacionais, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em prevenir e amenizar os efeitos da crise de crédito que tomou conta da economia mundial.
O objetivo das grandes economias em desenvolvimento é tirar o G-20 da posição de observador das mudanças em escala global, promovendo os países emergentes a uma posição de mais destaque nas decisões que afetam o cenário global. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, países como o Brasil hoje vão a reuniões das grandes economias “para tomar cafezinho”.
Mantega e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, defenderam na sexta-feira a mudança do sistema financeiro, que precisa de mais regulação.
– Faltam regras mais sólidas para impedir (os) abusos que foram cometidos no setor financeiro – disse Mantega.
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Para ele, ao deixar os mercados à deriva, países desenvolvidos permitiram que a crise ganhasse uma proporção maior.
Entre os aliados que o Brasil tem na tentativa de ampliar as decisões econômicas mundiais além do G-8 – formado pelos países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, Alemanha, Japão, Itália, França e Reino Unido), com participação da Rússia – está o governo francês. O país também já declarou que quer ver uma completa reformulação das regras do sistema financeiro mundial – já apelidada de “Bretton Woods 2” – em cem dias.
As informações são do site G1.
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