A emergência do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, está fechada na manhã desta terça-feira (10). O local foi atingido por princípio de incêndio na madrugada. Segundo uma técnica em enfermagem que estava no local, aproximadamente 40 pessoas estavam na emergência quando a fumaça começou a se espalhar. A unidade foi evacuada.
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Inicialmente a previsão era reabrir a emergência às 10h. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), no entanto, informou que o local seguirá interditado até o final da manhã. Ainda conforme a secretaria, será realizado trabalho de desinfecção. Enquanto isso, o hospital segue recebendo os pacientes mais graves encaminhados pelo serviço de regulação.
Por volta das 8h, quando a reportagem esteve no local, pelo menos três pessoas foram surpreendidas pelos cartazes colados pela direção na porta da emergência informando a suspensão de atendimento.
Uma delas é o pedreiro Vanderlei Fiori, de 47 anos. Morador da Capital, ele caiu de um andaime na última semana e deveria retornar para fazer novos exames nesta terça-feira.

— Eu cheguei aqui e eles não me explicaram nada, só disseram que estavam com a emergência fechada e que não tinham certeza se vão reabrir às 10h. Eu não tenho condições de pagar pelos exames e eles não me indicaram nenhum local para ir. Só me resta esperar — diz Vanderlei
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Situação semelhante é vivida pelo também pedreiro Agnaldo Rodrigues, de 49 anos. Ele chegou ao Hospital com fortes dores no joelho e aguardava em frente ao local sem saber para onde ir.
— É bem difícil, já faz um mês que eu to procurando atendimento aqui e toda a vez que eu venho demora pelo menos três horas. Eles também não me explicaram onde eu posso ir, pensei no Hospital Universitário, mas acho que não tem ortopedia lá. Estou esperando para ver o que acontece — afirma Agnaldo
A técnica de enfermagem e funcionária do hospital há 18 anos relatou um pouco do que viu durante o momento do incêndio no local. Viviane não quis informar o seu sobrenome e disse que a área permanecia isolada nesta manhã
— Sentimo apenas uma fumaça densa. Não vimos fogo, mas estava muito difícil de respirar. As nossas máscaras ficaram pretas com uma espécie de fuligem que tinha no ar. Até agora de manhã está difícil ficar ali dentro por causa do odor muito forte — afirma a funcionária.
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