Após anunciar nesta quarta-feira que, por conta da greve dos servidores em Florianópolis, a demanda por atendimento no hospital Celso Ramos, em Florianópolis, cresceu de 30% a 50%, os funcionários que atuam na emergência da unidade decidiram paralisar o atendimento no setor por três horas nesta quarta-feira à noite _ das 21h até meia-noite (apenas pacientes trazidos em ambulâncias serão recebidos neste período). Um aviso foi colado na porta da emergência informando sobre a suspensão temporária do serviço.

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A intenção da categoria, conforme relatou um funcionário que preferiu não se identificar, é manter paralisações diárias e progressivas até domingo. Caso a situação não seja resolvida até lá, a categoria fará uma paralisação total dos atendimentos _ o setor de internação já cogita se unir ao movimento. Nesta quinta-feira os funcionários farão duas novas paralisações na emergência. Uma das 14h às 17h e outra, das 20h até meia-noite.

O mesmo colaborador relatou ainda que, com a forte chuva dos últimos dias, a situação no hospital se agravou. Além dos quase 60 leitos de internação que estão fechados por falta de equipe, uma sala com 14 leitos na emergência, que é usada para manter os pacientes em observação, foi interditada pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira.

— Existe um esgoto que passa embaixo da emergência e, quando chove, a água sobe e fica empoçada no chão — detalha.

Há cerca de duas semanas os profissionais da emergência já tinha paralisado os atendimentos durante duas horas em protesto contra sobrecarga de trabalho. Na época, os funcionários retornaram ao trabalho com a promessa de que a situação seria amenizada. No entanto, com a greve dos servidores, a situação piorou, conta o funcionário. Entre as reivindicações dos trabalhadores está a contratação emergencial de mais pessoal ou a implementação/ abertura de mais leitos na unidade.

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Conforme os grevistas, a Secretária de Saúde já teria sido informada sobre a paralisação desta quarta-feira à noite. A reportagem tentou contato o SindSaúde/SC, sindicado que representa a categoria no Estado, mas ninguém foi localizado. A diretoria do hospital também foi procurada, mas nenhum representante foi encontrado para comentar o assunto.