A fabricante de compressores Embraco mereceu destaque no Guia Você S/A – As melhores empresas para você trabalhar no quesito melhores práticas em carreira.

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Mesmo sendo um caso de sucesso, este é um tema para o qual a empresa ainda não encontrou todas as respostas. Ela busca um modelo que atenda aos desafios crescentes da operação – é líder mundial em seu segmento e está presente em sete países. A aposta mais recente foi a criação da carreira em W.

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A estrutura desta modalidade ainda está sendo desenhada. O que se sabe é que ela vai atender a uma necessidade cada vez mais presente no universo corporativo: a realização de grandes projetos.

O que acontece com o profissional que é retirado das atividades de rotina para tocar um projeto estratégico de médio ou longo prazo? E se, em seguida, ele for chamado para outro desafio semelhante? Como será a progressão de cargos e a política de remuneração? Como aproveitar todo o conhecimento acumulado? Que competências o profissional deve possuir? Qual o lugar dele na companhia?

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São questões que a carreira em W vai se propor a responder.

Em geral, a trajetória profissional começa em funções mais técnicas ou de apoio e evolui na área administrativa, em cargos de gestão.

Desde os anos de 1970, a Embraco conta com a alternativa da carreira em Y, aquela que permite aos pesquisadores progredirem na hierarquia e receber melhores salários e benefícios sem migrar para a área administrativa.

Para uma empresa de tecnologia, dona de mais de mil patentes, reter esses profissionais é fundamental. Só que nem a carreira administrativa e nem a Y contemplam o caminho daqueles que, vindos de diferentes áreas, são envolvidos em missões que buscam a sustentabilidade do negócio.

Daí a letra W, mostrando as três opções que os funcionários passarão a ter em breve, quando a nova modalidade for implementada.

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Independentemente da escolha, a empresa tem valorizado cada vez mais as experiências transversais, com o objetivo de aumentar o nível de conhecimento sobre a organização.

A gerente de recursos humanos da empresa, Adriana Horbatiuk, considera que a vivência adquirida quando se muda de setor ou se participa de projetos fora da área de origem proporciona um aprendizado vital para o negócio, que não seria possível suprir na formação acadêmica.

– Para nós, 70% do desenvolvimento ocorre nas atividades do dia a dia, 20% é fruto de coaching ou mentoring e 10% de treinamento. A prática é mais rica do que o aprendizado em sala de aula – afirma.

Experiência internacional

Outras iniciativas também estimulam o desenvolvimento e a construção de uma carreira dentro da organização, como bolsas de estudo, plano de sucessão e programas de estágio e de trainee. Este último, por exemplo, agora tem metas mais específicas.A empresa traçou um horizonte de quatro anos para que os trainees de melhor desempenho tornem-se líderes.

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De todas as experiências que podem surgir durante a carreira, contudo, a mais cobiçada é a de viajar para o exterior, seja para uma tarefa específica ou como expatriação. Não é para todos, mas até profissionais da manufatura já tiveram esta oportunidade.

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