A vaga na elite do futebol brasileiro escorregou pelas mãos do Avaí. Vinte e seis rodadas no G-4 e saída da zona de acesso quando estava a um empate da consagração. O Leão merecia saborear o retorno à Primeira Divisão em 2019, mas algumas situações ocorridas ao longo da campanha impediram o elenco comandado por Geninho da apoteose. Os azurras deixaram a desejar quando poderiam administrar. O gol nos acréscimos contra o Fortaleza, na Ressacada, cabe como exemplo. A derrota em casa custou um ponto na tabela de classificação. Outros cinco pontos explicam o insucesso leonino.
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Tropeços em casa
A campanha do Leão na Ressacada foi um grave problema. O Leão somou apenas 28 pontos dos 57 disputados em seu domínio. O aproveitamento foi de 49%. O campeão Fortaleza, por exemplo, somou 43 dos 71 pontos jogando na Arena Castelão. Além da derrota para a Ponte Preta, quando precisa do empate para subir, a equipe foi superada também por Criciúma, Goiás, Figueirense e Fortaleza. Se ao menos uma dessas partidas terminasse com vitória azurra, o final da temporada seria de festa no Sul da Ilha de Santa Catarina.
Retrospecto contra os de baixo
Foram pelo menos 13 pontos desperdiçados em partidas contra times da parte inferior da tabela de classificação. A campanha do Avaí teve duas derrotas para o Criciúma, que lutou até a última rodada pela permanência na Série B. Contra o Paysandu, mais um time que sofreu na reta final, foi superado por 2 a 1 na Curuzu. O Brasil-RS foi outra “pedra no sapato” do Leão. A equipe de Geninho empatou os dois jogos diante dos gaúchos. O rendimento abaixo do esperado frente tais concorrentes foi determinante para perder o acesso.
Falhas em momentos cruciais
A reta final da Série B foi outro ingrediente que barrou o sonho azurra. Contra o Oeste, no empate por 1 a 1, o goleiro Kozlinski errou no lance que gerou o gol do adversário. Em seguida, foi a vez do elenco não aproveitar o fato de ter um jogador a mais frente ao Londrina e ficar no 1 a 1. Ainda teve o vacilo coletivo diante do Atlético-GO após estar duas vezes em vantagem e ceder o 2 a 2, além do gol perdido por Renato no último lance. E, por fim, as derrotas na Ressacada para Fortaleza e Ponte Preta.
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Estilo único de jogo
A chegada de Geninho no início da Série B deu um gás ao time que vinha por mais de dois anos jogando somente de maneira reativa. Com o novo treinador, o esquema 3-5-2 foi colocado em prática, o Leão encaixou e chegou ao G-4, mas assim que a saída de Alemão foi decisiva para a volta do antigo estilo. O Leão passou a dar a bola ao adversário e apostou na transição rápida, o jogo do contra-ataque. Deu resultado? Sim. Mas depois ficou manjado e fácil de anular. Sem contar que em poucas vezes a defesa suportou a pressão.
Torcida demorou para acreditar
Apesar de ter a quinta melhor média de público entre os 20 times da Série B, a torcida do Avaí demorou para acreditar no que o elenco seria capaz de chegar brigando pelo acesso. Essa falta de confiança afetou em campo. Nos últimos jogos, o número de torcedores aumentou em decorrência as chances de alcançar o retorno à elite, mas no geral deixou a desejar até mesmo quando chegou perto de confirmar a classificação. Contra Oeste e Londrina, por exemplo, pouco mais de oito mil torcedores acreditaram. Pouco, muito pouco.
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