A Embaixadora Interina do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, está em Santa Catarina nesta semana com uma equipe de negócios para ampliar a relação econômica com empresas catarinenses. Em entrevista exclusiva ao Diário Catarinense, ela destacou que SC “é um estado chave”. O objetivo é avançar na indústria marítima, tecnologia, educação e economia sustentável, além de abrir portas para empreendedores catarinenses no Reino Unido.
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Durante evento na Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), em Florianópolis, o governo britânico apresentou um pacote de benefícios para empresários que desejam abrir empresas no Reino Unido — a quinta maior economia do mundo. Entre os suportes estão informações para estimativa de custos operacionais, como salários, escritório e licenças, além de conexões com especialistas setoriais, bancos e visto.

Confira a entrevista do DC com a Embaixadora Interina do Reino Unido no Brasil:
O que atrai em SC que interessa o Reino Unido?
Santa Catarina é um estado chave para nós, porque tem uma economia variada, uma geografia bem distribuída, mão de obra qualificada e tem esta ênfase na tecnologia e inovação, que é muito interessante para nós. Como o Estado ocupa o segundo lugar no ranking de competitividade, tenho certeza que vamos nos conhecer mais no futuro. Queremos fazer os empreendedores catarinenses conhecerem mais o Reino Unido e fazer Santa Catarina ser mais conhecida fora do país. Mostrar que tem mais no Brasil, além do triângulo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
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Quais as principais prioridades do Reino Unido no Estado?
Queremos avançar mais na indústria marítima, tecnologia, educação, economia sustentável, como bioenergia, e internacionalização de empresas. O Reino Unido oferece um pacote de suporte aos empreendedores quando estão procurando onde abrir uma filial fora do Brasil. Oferecemos um ecossistema muito atraente. Já temos empresas como WEG lá, e queremos mais.
Há oportunidades de destaque também para estudantes no Reino Unido?
Oferecemos bolsas de mestrado no Reino Unido e achamos que com o talento que tem aqui em Santa Catarina, isso é muito importante. As bolsas Chevening, ao contrário dos outros sistemas de bolsas, oferecem um network incrível no setor. O processo de aplicação vai abrir agora em agosto para o ano que vem. Seria ótimo ver mais catarinenses fazerem pedidos para essas bolsas. Durante a recepção, conheci pessoalmente várias pessoas que tiveram bolsas em anos anteriores. Eles falam de forma clara: “Essa bolsa mudou a minha vida”.
Entre os produtos mais importados do Reino Unido por SC, chama a atenção que itens da área de saúde, como sangue e materiais de laboratórios, representam mais de 25% do total de importações. Qual o motivo deste destaque?
No geral, o Reino Unido é forte em ciências da vida, produtos farmacêuticos, saúde e também em tecnologia. Por isso, achamos que com uma parceria mais ampla com o Reino Unido, Santa Catarina pode se beneficiar. Essa parceria vai ajudar as empresas daqui a se tornarem ainda mais competitivas globalmente.
Há ações futuras previstas para manter essa relação próxima entre o Reino Unido e SC?
A última visita do embaixador britânico a SC foi em 2018. Foi por conta da pandemia que não viemos antes. Mas nós definimos esse Estado como prioridade, isso quer dizer que vamos voltar mais.
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