Durante a visita que faz ao Rio Grande do Sul, o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, anunciou hoje a antecipação da data de reabertura do consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre de 2014 para o segundo semestre de 2013.

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Em abril, o diplomata John Matel, diretor de relações externas da embaixada dos EUA, havia previsto que a abertura ocorrerá apenas em 2014. Hoje, em visita ao Grupo RBS, o embaixador afirmou que sua equipe trabalha para o início das operações no ano que vem.

Shannon, que tem agenda intensa de visitas, entre hoje e amanhã, ao governador Tarso Genro, ao prefeito José Fortunati, à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), à Câmara Americana de Comércio, entre outras atividades, concedeu entrevista a Zero Hora. Confira trechos e leia mais na edição de ZH amanhã.

Zero Hora – Os senhores já encontraram o local onde será instalado o consulado em Porto Alegre?

Embaixador Thomas Shannon – Ainda não, mas estamos trabalhando nisso. Temos uma equipe aqui trabalhando nesse aspecto. Nossa esperança é abrir o consulado durante 2013.

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ZH – Em abril, a informação era de 2014. Houve revisão no prazo?

Shannon – Algumas pessoas falaram 2014, mas eu falo 2013. Segundo semestre de 2013. Realmente, temos de trabalhar o mais rapidamente possível aqui e em Belo Horizonte. A demanda de vistos é grande, mas há demanda especialmente na área comercial, de ter uma presença americana para ajudar empresários americanos. Nossa presença tem muito a ver com vistos, mas estamos procurando uma relação mais integral. É uma tentativa de melhorar as relações na área de comércio e investimento.

ZH – O senhor tem uma projeção de incremento nessa integração comercial?

Shannon – Não cientificamente, mas é evidente que, com a classe média crescendo no Sul, aumentando cada dia, e com o mercado que é o Brasil hoje e que vai ser o Brasil em 10 ou 20 anos, há muito interesse dos empresários dos Estados Unidos em procurar parceiros aqui no Rio Grande do Sul e também no Brasil para abrir espaço para suas companhias.

ZH – Há cerca de um mês houve a mudança no sistema de emissão de vistos para o Brasil (com a criação dos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto). Que balanço o senhor faz?

Shannon – O balanço é positivo. As pessoas não precisam mais ficar horas e horas nos consulados. Estamos separando o processo de tomada das digitais e das entrevistas. Isso vai melhorar especialmente para quem já tem visto. Entendemos que quem faz o visto pela primeira vez tem de ir a dois lugares, mas é só uma vez, porque quem quiser renovar pode ir só para os centros de atendimentos de solicitantes de visto. Para quem solicita o visto pela primeira vez, implica um passo adicional, mas o balanço é positivo.

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ZH – Houve redução no tempo de espera?

Shannon – Houve uma diminuição dramática. Em Brasília, Rio de Janeiro e Recife, não há espera. E em São Paulo, entre uma ou duas semanas. Mas nossa ideia é diminuir ainda em São Paulo, para um ou dois dias, no máximo. É quase imediato.

ZH – Dias atrás, houve registro de demora para a liberação dos passaportes…

Shannon – Sim, mas foi um problema administrativo, uma falta de informação de endereços entre a cia que estava entregando os passaportes e o consulado, mas já está resolvido.

ZH – Existe perspectiva de quando os vistos de entrada para brasileiros deixarão de ser necessários?

Shannon – Isso tem de ser algo recíproco, e dentro das leis dos EUA há critérios que temos de seguir antes de fazer um programa de exceção dos vistos, mas no futuro esse é o nosso objetivo.

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