No dia em que o Japão posicionou baterias de mísseis antiaéreos em torno de Tóquio, e a Coreia do Norte aconselhou estrangeiros a deixar Coreia do Sul, o embaixador do Brasil na Coreia do Norte, Roberto Colin, disse que permanece no país.
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A decisão sobre a permanência do brasileiro será reavaliada nesta quarta-feira, dia 10, data limite dada pelo governo norte-americano para que as embaixadas confirmem ou não a permanência no país.
– Essa não é uma decisão final, mas a tendência de todas as embaixadas é de permanecer – disse Colin, que após o alerta do governo norte-coreano, mantém contato diário com o Itamaraty e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Nesta terça-feira, o embaixador esteve reunido na capital, Pyongyang, com o chefe do departamento da América Latina do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ho Yong Pok, e os demais representantes das 24 embaixadas.
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– Conversei com o ministro e ele disse que a situação ainda é tensa, mas não tem novidades – contou Colin.
O catarinense, de 60 anos, de Blumenau, reside com a mulher e o filho de 10 anos há um ano na Coreia. Na avaliação dele o clima é tranquilo em Pyongyang.
– Como de costume, está tudo calmo pela cidade. Não vi mudanças no comportamento da população, mas a situação na Península Coreana ainda é o principal tema das conversas – disse.
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No prédio da Embaixada do Brasil na Coreia do Norte, aberta há quatro anos, existe um abrigo subterrâneo para caso de ataque.
– O local tem gerador próprio, banheiro e está abastecido com alimentos e água. O que nos protegeria em caso de ataques aéreos, mas não nucleares – contou o embaixador.
Ele salientou ainda que todas as embaixadas tem esse tipo de abrigos.