Berlim viveu momentos de pânico na noite desta segunda-feira. Um ataque orquestrado por um homem que acelerou um caminhão contra populares em um mercado de natal fez 12 mortos e 48 feridos. As informações são da Rádio Gaúcha.
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Embaixador brasileiro na Alemanha, Mario Vilalva descreveu ao Gaúcha Repórter como está a cidade um dia após o ataque:
— Houve muita comoção popular, mas a cidade já está voltando a normalidade após o susto que levou ontem à noite por volta das 20h, quando foi cometido esse atentado em um mercado de Natal na cidade de Berlim. É muito comum a existência desses mercados durante o Natal. Eles são formados nas praças públicas. Há comida, bebida, jogos, parques de diversões, é uma característica muito alemã. Foi num destes mercados, um local de muita frequência de turista onde o atentado ocorreu — explica.
Vilalva afirma que tão logo teve conhecimento do atentado, acionou a equipe para investigar se havia brasileiros entre os mortos ou feridos. Segundo ele, não há informações sobre isso até o momento.
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— No momento que a Merkel decidiu abrir as portas dos país a mais refugiados e imigrantes, aumentou também o debate interno sobre a medida. É um debate essencialmente alemão. A Alemanha é solidária, aberta, é uma das grandes democracias do mundo moderno, portanto não é surpreendente a atitude. A chanceler hoje veio a público, fez breves declarações, se disse horrorizada, abalada com o ato. Inclusive disse que seria um desgosto se confirmasse que o ataque tenha sido orquestrado por alguém que tenha sido beneficiado por esse gesto — diz Vilalva.
Para o embaixador brasileiro, o ataque pode ser resultado da entrada de um grande número de imigrantes em um curto espaço de tempo:
— O problema não é tanto receber estrangeiros. O país como membro da União Europeia é um país preparado para receber imigrantes. O que pode ter ocorrido é o fato de que recebeu um número muito alto de uma só vez. Em 2015, recebeu um milhão de imigrantes, refugiados ou pessoas que vinham procurar oportunidades econômicas na Alemanha. O Brasil também recebeu quase um milhão de imigrantes nos últimos anos, portanto não é nada anormal se diluído no tempo. Talvez o impacto de uma leva no período de um ano, mas a Alemanha é um país que tem procurado integrar os imigrantes da forma mais rápida possível na sociedade. Eu tenho sido testemunha dos esforços, talvez mais do que em outros países Europeus. Acho que o tempo vai dizer quanto ao acerto destas medidas — completou.
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*Rádio Gaúcha