A comunidade internacional condenou hoje os ataques que na quarta-feira à noite atingiram vários pontos de Mumbai, enquanto as embaixadas se mobilizam para ajudar os cidadãos estrangeiros que permanecem retidos na cidade indiana. Pelo menos 101 pessoas morreram, mais de 250 ficaram feridas e dezenas continuam retidas em alguns pontos onde, segundo a polícia, os terroristas – que dizem pertencer ao grupo islâmico Deccan Mujahedin – estão entrincheirados.
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Rússia, China, Israel, Paquistão e a Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) se somaram hoje às condenações emitidas nas últimas horas pelos governos do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Venezuela, México, Argentina, Colômbia, assim como pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Entre as vítimas e os retidos, estão vários cidadãos ocidentais, já que os ataques foram cometidos contra vários lugares freqüentados por turistas, como hotéis de luxo e uma estação de trem.
Uma fonte policial disse que há pelo menos seis estrangeiros mortos e seis feridos, mas estes números podem aumentar, à medida que se concretizam as gestões das embaixadas em ajuda a seus compatriotas. Por enquanto, o governo japonês confirmou a morte de Hisashi Tsuda, executivo da Mitsui Marubeni Liquefied Gas que estava se registrando no hotel Oberoi quando morreu. Outro japonês ficou ferido e 30 estão desaparecidos, vários deles presos no meio dos ataques terroristas.
O Ministério de Exteriores italiano confirmou a morte de Antonio de Lorenzo, enquanto não há notícias sobre outro dos nove italianos que estão retidos nos hotéis da cidade indiana. Um cidadão australiano também pode estar entre os mortos, segundo a imprensa do país, enquanto, entre os feridos há britânicos, americanos, espanhóis, australianos, noruegueses e canadenses, segundo a agência indiana PTI.
A situação é acompanhada com especial preocupação em Israel, já que entre 10 e 15 israelenses poderiam estar entre os feridos ou retidos em um centro religioso judeu atacado pelos terroristas.
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Scotland Yard se dispõe a ajudar na investigação
O comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, disse hoje que os especialistas britânicos na luta antiterrorista estão dispostos a prestar ajuda aos colegas indianos que estão investigando os atentados cometidos na cidade indiana de Mumbai. Durante uma reunião, em Londres, com a associação de policiais da Scotland Yard, Blair expressou sua preocupação, porque, “aparentemente, foram marcados cidadãos do Reino Unido e dos EUA” como alvos, e acrescentou que “a Polícia Metropolitana está disposta a prestar a ajuda que for requerida”
O comissário-chefe da Scotland Yard disse que o ocorrido em Mumbai lembra que “há uma grande ameaça do terrorismo internacional contra as grandes cidades”.