Manifestantes entraram em confronto com forças de segurança na manhã desta quarta-feira (18), em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Beirute, no Líbano. Os protestos ocorrem após o ataque a um hospital em Gaza. O governo palestino acusou Israel, mas o país nega autoria do ataque.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias do NSC Total pelo Google Notícias
As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para expulsar os cerca de 100 manifestantes. O protesto é contra a explosão do hospital Ahli Arab, em Gaza, e contra o apoio dos EUA a Israel, diz a agência de notícias norte-americana Associated Press.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma visita histórica a Tel-Aviv, em Israel, nesta quarta-feira (18), em meio à escalada nas tensões no Oriente Médio, em tentativa de conter que outros países entrem no confronto. Em encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyah, o líder norte-americano disse que a explosão no hospital em Gaza “parece que foi obra do outro lado”.
Veja imagens dos protestos
Manifestantes protestam na porta da Embaixada dos EUA no Líbano após ataque a hospital em Gaza. Há confronto com as forças de segurança em Beirute.
➡Assista ao #ConexãoGloboNews com @DanielaLima_, @LeilaneNeubarth e @camilabomfim: https://t.co/bFwcwLpLU9 #GloboNews pic.twitter.com/83Os8a3DN6— GloboNews (@GloboNews) October 18, 2023Continua depois da publicidade
Ataque a hospital em Gaza
O ataque aéreo que foi estopim dos protestos ocorreu nesta terça-feira (17). De acordo com o Ministério da Saúde do território palestino, governado pela ala política do grupo Hamas, deixou pelo menos 500 mortos no hospital da Faixa de Gaza.
Vários hospitais na Cidade de Gaza tornaram-se refúgios para centenas de pessoas, na esperança de serem poupadas dos bombardeios, depois de Israel ter ordenado que todos os residentes da cidade se retirassem para o sul da Faixa de Gaza.
O Exército israelense disse que o hospital não estava entre os seus alvos e responsabilizou, sem provas, a Jihad Islâmica, um outro grupo palestino, pelo bombardeio. As forças armadas israelenses também questionaram a credibilidade das autoridades civis em Gaza, ligadas ao Hamas, ao informarem sobre o ataque. Israel costuma afirmar ainda que lideranças do Hamas usam hospitais para se esconder e os pacientes como escudos humanos.
Visita de Biden a Israel
O presidente dos EUA, Joe Biden, desembarcou em Israel nesta quarta-feira (18) e recriminou a explosão ao hospital na Faixa de Gaza. Do aeroporto, Biden foi direto ao hotel Kempinski em Tel Aviv, onde se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Continua depois da publicidade
Em coletiva com Netanyahu, Biden apoiou a versão das autoridades israelenses de que a Jihad Islâmica foi a responsável pelo bombardeio.
— Quero que saibam que vocês não estão sozinhos. Nós vamos trabalhar com vocês para evitar tragédias contra civis — disse Joe Biden em Israel.
— Nós faremos tudo, para que vocês tenham tudo para se defender — completou.
com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu
Conselho de Segurança da ONU veta resolução do Brasil
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou nesta quarta-feira (18) o texto proposto pelo Brasil para a resolução do conflito. Na votação, os Estados Unidos vetaram a resolução brasileira, por conta de uma mudança no texto proposta pela Rússia, a de incluir um pedido de cessar-fogo imediato.
Na contagem dos votos: 12 países ficaram a favor, os EUA foram contra, Rússia e Reino Unido se abstiveram de votar. Os Estados Unidos têm poder de veto por ser um dos membros permanentes do Conselho, assim como o Reino Unido, a Rússia, a China e a França.
Continua depois da publicidade
*Com informações de Agência Estadão e Globo News
Leia também
Conflito entre Israel e Palestina gera repúdio entre entidades brasileiras e especialistas de SC
Primeiro voo de resgate dos brasileiros em Israel traz 211 passageiros
Como a economia de SC pode ser impactada pelo conflito no Oriente Médio