Alô Morro da Caixa! A quarta escola de samba a entrar na passarela foi a Embaixada Copa Lord, da comunidade do Monte Serrat, do Centro da Capital. A agremiação revisitou um antigo samba-enredo, de 21 anos atrás, “Eu sou filho do Batuque, neto do Abatá-Koto”, com o objetivo principal de empoderar sua negritude. Foram 22 alas, com aproximadamente 1,5 mil componentes.

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Já nos segundos que antecederam o grito de guerra, o intérprete da agremiação, Nelipe Costa, lembrou da dificuldade para a realização do Carnaval deste ano e pediu, para o ano que vem, mais dedicação por parte dos governos municipal e estadual.

_ É um importante trabalho social que fazemos aqui também. Respeite nossa tradição _ disse, ao microfone.

Com uma comissão de frente com bailarinos profissionais, a Copa começou com força. Seu abre-alas, com o tema “África em Esplendor” arregalou os olhos do público. Uma das mais bonitas alegorias até agora. Zumbi de Palmares e Dandara, também foram lembrados com destaque.

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O segundo carro, que surgiu ao final, trazia as influências da resistência negra para os dias atuais, como o grafite e o rap, e trouxe ainda seu Nilinho, o único fundador vivo da Copa Lord. O pavilhão completa, neste exato 25 de fevereiro, 62 anos de história.A presença da Velha Guarda da Embaixada movimentou as arquibancadas. Ali estão figuras importantíssimacos para o Carnaval de Floripa.No fim do desfile, a Copa se apressou tanto na avenida, que ainda tinha quase dez minutos, dos 1h10min que deviam ser dedicados para o desfile. A bateria parou, para dar o tempo. A agremiação pode perder pontos, se for da decisão do júri.