A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa) está retomando um projeto iniciado há um ano para distribuir água em copinhos para repartições públicas municipais. Com a iniciativa, a autarquia pretende reduzir os custos municipais com a aquisição de água mineral.

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Uma máquina envasadora para engarrafar a água já foi adquirida. A Emasa aguarda apenas a liberação de algumas licenças e impressão das informações nos copos que serão utilizados. O equipamento é totalmente mecânico, dispensa o uso de compressor de ar e envasa, solda e data copos, com produção de até 3 mil unidades por hora, o suficiente para abastecer escolas, secretarias e eventos do município.

De acordo com a assessoria de imprensa da Emasa, a água é captada diretamente na estação de tratamento, a mesma que vai para as torneiras das casas. Não será feito nenhum outro procedimento para tratar a água. Ainda não há prazo para os copos começarem a ser distribuídos na cidade. O projeto estava parado na Emasa e foi retomado antes que virassem uma reivindicação, como ocorreu em Itajaí.

Projeto

A vereadora Ana Carolina (PRB), de Itajaí, apresentou um projeto de lei semelhante ao de Balneário, para obrigar a utilização da água do Serviço Municipal de Água e Saneamento (Semasa) nos órgão públicos municipais. O projeto foi protocolado na semana retrasada, mas já tramita nas comissões.

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A parlamentar entende que os gastos com a compra de água mineral são desnecessários, uma vez que o Semasa garante que a água fornecida para a população é potável. No Jornal do Município do último dia 8 de fevereiro, por exemplo, foi publicada a contratação pelo Porto de uma empresa de bebidas para o fornecimento de bombonas e garrafinhas de água mineral mediante pagamento de R$ 29,4 mil.

– Certa vez, questionei o fato de não disponibilizarem água mineral nas escolas. E me informaram que era muito gasto, por isso as crianças tinham de beber água do Semasa. Por que no gabinete do prefeito tem que ter bombonas de água, então? – diz.

O diretor do Semasa, Flávio Faria, acha o projeto interessante, mas questiona a obrigatoriedade. Segundo ele, o compromisso da autarquia é até o hidrômetro, só que em muitos locais a água passa por caixas e a limpeza é de responsabilidade particular.

– A água fornecida hoje é potável. São feitas 30 análises diárias em vários pontos e está tudo dentro da normalidade requerida pela portaria do Ministério da Saúde – diz.

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