Duas emas da Presidência da República morreram neste mês com obesidade. Os animais estavam com excesso de gordura e eram alimentados com restos de comida humana durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), de acordo com o Uol. A nova gestão identificou que a alimentação das aves era inapropriada e que elas estavam sem acompanhamento veterinário adequado.

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As duas aves mortas estavam na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência. Até metade de dezembro, a casa era ocupada pelo ex-ministro Paulo Guedes. Uma morreu na segunda semana de janeiro e a outra na última semana, segundo uma planilha de contagem de animais da presidência.

A autópsia preliminar identificou excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado dos animais mortos. Segundo técnicos, a morte súbita pode estar relacionada com doenças cardíacas e hepáticas causadas provavelmente pela má alimentação nos últimos anos. O laudo final sobre os óbitos tem previsão de conclusão em duas ou três semanas, mas técnicos teriam comentado nunca terem visto uma ave “com tanta gordura”.

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Ainda conforme as informações confirmadas ao Uol pelo governo federal, a gestão Bolsonaro destinou apenas 7 mil grãos à alimentação dos animais instalados nos palácios presidenciais em 2022. A quantia é um terço dos 20 mil grãos previstos anualmente para alimentar os mascotes adequadamente.

Relatório a pedido da Presidência

Um relatório da Casa Civil e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, feito a pedido da nova Presidência e obtido pelo Uol, afirma que os animais, em sua maioria, estavam em instalações inadequadas. O governo atual afirmou que está avaliando medidas para evitar novas mortes. Alguns outros animais chegaram a ser transferidas para o Zoológico de Brasília, que oferece ambientes mais adequados.

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De acordo com os técnicos que fizeram o acompanhamento em janeiro, os animais estavam sendo alimentados com restos de comida humana misturada a rações. Todos os dias, os animais comiam arroz e milho junto à ração, o que deixava a dieta desbalanceada e contribuiu para o aumento do peso dos bichos. A suspeita é de que a mistura foi adotada por conta da baixa quantidade de ração disponível.

Atualmente, há 17 emas na Granja do Torto e 38 no Palácio da Alvorada. O principal problema e recomendação do relatório é a falta de acompanhamento técnico dos animais por um profissional, o que foi dispensado pelo governo Bolsonaro.

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