Depois de ter seu BMW Z4 apreendido na terça-feira, por documentação irregular, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, usou o canal oficial da FCF para, segundo ele, esclarecer a situação. O vídeo foi publicado nesta quarta-feira.
Continua depois da publicidade
Na capa do site da FCF, uma grande foto de Delfim com o carrão branco leva para um vídeo de 12min39seg. Vestindo camiseta da Seleção Brasileira, o presidente começa criticando a repercussão do assunto nas redes sociais.
– Deveria estar usando para falar da importante rodada que temos hoje – comentou.
Delfim também considera que o fato teve repercussão exagerada nas redes sociais e na imprensa.
Continua depois da publicidade
– Como se isso foi tratado como um fato muito importante, envolvendo a minha pessoa, eu me sinto no direito de dar uma explicação, disse com cerca de 1min45seg de vídeo..
– Passava pela Rua Uganda em Balneário Camboriú onde havia uma blitz. Fiz um sinal de luz cumprimentando, três vezes como sempre faço, porque nunca na minha vida fui parado numa blitz. Os policiais, entendendo que, talvez eu quisesse alguma coisa, fizeram sinal e parei. Os policiais não me conheciam.
Ao ser perguntado sobre o documento por uma policial militar, Delfim disse ter entregado. A policial, então, constatou que o licenciamento estava atrasado.
Continua depois da publicidade
– Posso dizer que não tenho culpa porque algo deu errado porque eu tenho despachante justamente para não acontecer essas coisas. Senão, eu mesmo faria, porque tenho também outro carro, além dos da minha família.
Um homem de três amores
Após cerca de 5 minutos de vídeo, Delfim ressalta sua adoração pelo veículo, que chama de brinquedinho.
– Tenho três grandes amores na minha vida. Primeiro a família, segundo o futebol, terceiro, carro. Adoro carro, gosto de carro desde jovem. É um direito que eu tenho. Se posso ter, é problema meu. E tenho um que é um brinquedinho, que todo mundo já viu, como se fosse um crime.
Continua depois da publicidade
O presidente disse que, em nenhum momento, tentou se valer de seu cargo para obter algum benefício.
– Não dei carteiraço, não disse o que é que faço ou fui. Sou um cidadão comum como você. Eu só disse o seguinte: o meu carro não vai ser guinchado para aquele depósito.
Delfim definiu o local para onde vão os carros apreendidos como “lixo”.
Ligação para um oficial amigo
Ao dispensar o guincho, Delfim contou, então, ter ligado para um oficial da PM que é amigo dele. O tenente, segundo o mandachuva da FCF, foi até o local e recebeu, das mãos dele, as chaves do veículo, que acabou sendo levado para o pátio do Batalhão da PM.
– Quero deixar bem claro que não foi porque sou o presidente da Federação Catarinense de Futebol que eles iriam dar essa colher de chá. Não. Isso é possível, eu conheço a legislação. E quando cheguei lá, tinham vários carros recolhidos, uns 20.
Continua depois da publicidade
Crítica à imprensa
– Parece que pratiquei um crime. Lamento que pessoas usam as redes sociais para gozar pelo que aconteceu, apesar de muitos também me defenderem. Agora, a imprensa perder tempo comigo porque fui parado numa blitz? Será que fui o primeiro do mundo?
– Não posso admitir que seja colocado publicamente como seu fosse um bandido.
“Paguem pra mim”
– Aos que compreenderam, obrigado. Agora, os que são do contra e acham que eu não poderia ter um carro, vão lá no banco e paguem um financiamento todo mês pra mim, eu gostaria! Ótimo! Mas não fiquem menosprezando ou invejando. Então, me critiquem por coisas sérias!