A Chapecoense tem dois grandes adversários a partir do momento que pisar em campo na Arena Condá às 16h deste domingo. O primeiro, evidentemente, é o Avaí cheio de ambição, ávido por reverter a vantagem e ficar com o título do Catarinense. O outro é o próprio estado de espírito. Dentro das quatro linhas, a equipe do Oeste precisará lidar com a pressão por ter o favoritismo do seu lado, por não poder decepcionar a torcida que vai lotar o estádio e por estar na primeira final de competição desde o trágico acidente aéreo em novembro do ano passado, que vitimou grande parte do grupo que foi campeão do Estadual do ano passado.

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Se conseguir controlar os ânimos, a missão dentro de campo fica menos complicada. O time da Chapecoense está funcionando como uma engrenagem. Embalou no returno e tem feito frente a todos os seus adversários, mesmo quando joga com uma escalação desfigurada. Na quarta-feira, os reservas da Chape entraram em campo olhando nos olhos dos jogadores do Cruzeiro e perderam por 1 a 0 no Mineirão, em uma partida bastante equilibrada pela Copa do Brasil. Neste período, a única grande derrapada foi a derrota por 3 a 0 para o Nacional (URU) pela Libertadores, mas que não causou grandes estragos, já que na partida seguinte venceu o Avaí, na Ressacada, na primeira metade da decisão.

No lugar de Andrei Girotto

Em teoria, o técnico Vagner Mancini tem só uma alteração para fazer na escalação que entrará em campo. Isso, é claro, se não quiser armar um esquema para pegar o adversário – e a própria torcida – de surpresa.

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Por ter recebido o cartão vermelho no jogo da semana passada, Andrei Girotto é desfalque. Pelo que indicou no treino de sexta-feira, o escolhido para a vaga deve ser o zagueiro Nathan, que atuará improvisado. Essa formação já foi usada em outras partidas, mas o resultado nem sempre foi satisfatório.

Com este time, a Chape tem a missão de evitar o que seria uma surpreendente derrota por dois gols de diferença para ser campeã.

Time moldado pela dificuldade, Avaí não teme missão complicada que vai enfrentar distante de casa neste domingo

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Poucos minutos antes de a bola rolar, quando estão atrás da última porta que os separa do campo de jogo, os atletas se agrupam em círculo, trocam poucas palavras e, em uníssono, proclamam o mais forte que a garganta suporta: ¿Vitória, vitória, vitória!¿. Não há grito mais apropriado para os jogadores do Avaí neste domingo. A equipe azurra terá de vencer a Chapecoense por dois gols de vantagem para conseguir o sonhado título do Campeonato Catarinense.

O Leão que entra em campo foi forjado na dificuldade. Por isso, não treme diante da missão na Arena Condá. Perdeu o primeiro jogo, quando tinha a Ressacada como uma aliada para mudar a situação complicada pela vantagem da Chape, de melhor campanha no turno e returno do torneio estadual. Perdeu o jogo e terá de vencer longe de seus domínios. Difícil, mas o Avaí mostrou – e não faz muito tempo – que sabe como superar.

O acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, no ano passado, comprova. O time esteve à beira da zona de rebaixamento no começo da segunda metade da competição. Terminou como vice-campeão. O treinador Claudinei Oliveira viveu isso, guiou a equipe com o escudo do Avaí no peito. O espírito de meses atrás precisa estar com os atletas neste domingo.

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– Tínhamos que ganhar, ganhar, ganhar. Agora não vai ser diferente, eles vão dar seu melhor. Não é impossível. Se tivéssemos 45 minutos já seria plausível, com 90 temos mais tempo. Esse grupo se mostrou confiável, entregou resultados, inclusive no Catarinense. Mas só teremos um campeão, como em todas as competições. Estou aqui há oito meses e sei que é um grupo vencedor – apontou.

Mudança simples e necessária

É preciso ganhar para ser vencedor. Para tal, o Avaí será quase o mesmo do último jogo. Claudinei Oliveira aposta no entrosamento do conjunto, ainda que não possa contar com o lateral-esquerdo Capa. Na vaga do atleta suspenso, a escolha foi óbvia: João Paulo, atleta da função. No ataque, a esperança está depositada sobre o trio Romulo, Junior Dutra e Denilson. Juntos, somam 18 gols.

Ficha técnica

Arbitragem: Braulio da Silva Machado, auxiliado por Kleber Lucio Gil e Carlos Berkenbrock

Horário: 16h deste domingo

Local: Arena Condá, em Chapecó

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