Um adolescente de 17 anos morreu de meningite bacteriana em Brusque na última quarta-feira (31). Outras cinco mortes foram causadas pela doença em Santa Catarina de janeiro a julho de 2019.
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Apesar de o número de mortes do ser o mesmo ano passado, em 2019 houve 12 casos a menos diagnosticados com a doença.
Nos primeiros sete meses do ano passado, foram 36 ocorrências de meningite bacteriana e seis mortes, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC). Este ano, 28 pessoas foram diagnosticadas.
Tratamento
Conforme o médico infectologista da Dive Luiz Gustavo Escada Ferreira, ao identificar sintomas como febre alta, dor de cabeça e nuca enrijecida, o paciente deve buscar ajuda profissional o quanto antes.
— É uma doença grave, que às vezes, apesar do tratamento pode levar à morte. A meningite meningocócica é prevenível por vacina. As pessoas que tiveram contato com aquele caso de meningite meningocócica podem tomar medicamento para tirar o estado de portador — alertou.
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Segundo Ferreira, o meningococo é transmitido pelas vias aérea, no contato íntimo:
— Pela tosse, ele também é portador na garganta, e aí acaba transmitindo, pelo contato, principalmente entre as pessoas que moram na mesma casa ou convivem na mesma instituição.
Vítimas
Ainda conforme a Dive-SC, as vítimas de meningite no estado foram uma mulher de 18 anos em Lages; um bebê de 9 meses em Jaraguá do Sul; uma criança de 12 anos em Imbituba; uma idosa de 70 anos em São José e um homem de 22 anos em Criciúma.
A doença meningocócica se manifestou em 20 municípios. A cidade com maior número de casos é Lages, com três ocorrências. Há vacina disponível em postos de saúde do Estado.
— A meningite meningocócica C tem, a Meningite por Haemophilus Influenzae também faz parte do calendário. A pneumocócica também faz parte do calendário BCG. Existe uma outra vacina para meningite meningocócica que é a CWY que só pode ser aplicada você pagando por ela, mas o Ministério da Saúde está viabilizando para incluir no calendário — explicou Ferreira.
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Sintomas
A meningite bacteriana dá febre alta e dor de cabeça forte. A irritação do sistema nervoso central faz a pessoa ter vômitos, que não são controláveis e também a nuca começa a enrijecer e dói quando mexe, pela inflamação que tem dos nervos que saem do crânio – explicou o infectologista da Dive.