Depois de rejeitar a CPI da Codetran, os vereadores de Itajaí voltaram atrás nesta quinta-feira. Desta vez, o pedido para instaurar a comissão foi assinado pelos 21 parlamentares em uma sessão conturbada. A comunidade marcou presença com cartazes e gritos de “assina, assina” para que a CPI fosse aprovada. Os trabalhos de investigação devem começar na próxima quinta-feira, assim que forem finalizados os trâmites burocráticos.
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A sessão chegou a ser suspensa duas vezes à pedido dos vereadores da base governista. Na sequência, o presidente da Casa, Luiz Carlos Pissetti (DEM), também pediu a suspensão em função das manifestações do público. Pissetti, inclusive, ameaçou encerrar os trabalhos do dia caso as pessoas não colaborassem.
Depois de uma nova conversa no plenarinho do Legislativo, todos os vereadores decidiram assinar o pedido e atender à solicitação da comunidade – como o requerimento foi rejeitado na sessão de terça-feira eram necessárias pelo menos 11 assinaturas. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será composta por três vereadores da base do governo, um da oposição e um representante dos partidos de minoria. Os membros devem ser indicados na próxima semana.
Após a publicação da indicação dos membros, o prazo de funcionamento da CPI será de 60 dias úteis, prorrogáveis por mais 45 dias úteis. Neste período será analisada a conduta de servidores públicos e políticos supostamente envolvidos nos crimes investigados pelo Gaeco na Operação Parada Obrigatória.
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O presidente do Legislativo informou ainda que, na tarde desta quinta-feira, a mesa diretora da Câmara encaminhou para a Comissão de Ética a denúncia feita pelo Ministério Público sobre a Operação Parada Obrigatória II. A comissão vai avaliar se recebe ou não a denúncia para apurar a conduta do vereador licenciado, José Alvercino Ferreira (PP).