A 20ª edição da pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) revela as condições das estradas em todo o país. Em Santa Catarina (SC), das 3.179 quilômetros de estradas avaliadas, 59,3% estão em condições regulares (35,5%), ruins (20,3%) ou péssimas (3,5%). O restante, 40,7%, se apresentam boas (34,1%) ou ótimas (13,6%). No quesito geometria da via, o Estado tem destaque negativo. O estudo indica 76,9% são regulares, ruins ou péssimas. Desse número, 33,4% são consideradas péssimas.

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Nos 861 quilômetros de estradas estaduais estão o maior problema de SC. Os números mostram que 96,1% das rodovias mantidas pelo Estado apresentam condições regulares (31,4%), ruins (51,8%) ou péssimas (12,9%). Apenas 3,9% estão boas e nenhuma recebeu o conceito “ótimo”. Já as rodovias federais têm condições melhores: ótimas, 18,6%; boas, 35,7%; regulares, 37,1%; ruins, 8,6% e nenhum péssima.

Na classificação geral dos trechos que estão sob gestão pública, 30% se apresentam boas e ótimas, enquanto 70% estão regulares, ruins ou péssimas. Por outro lado, as rodovias concessionadas estão 90,9% ótimas ou boas e 9,1% regulares, sem registro de ruins ou péssimas.

No país, 58,2% apresentam algum tipo de problema

No âmbito nacional, a pesquisa constatou que, dos 103.259 km analisados, 58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral, cuja avaliação considera as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Sobre o pavimento, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssimo. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de problema. Na geometria da via foram constatadas falhas em 77,9% da extensão pesquisada.

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Em relação ao ano passado, houve um crescimento no número de falhas. De 2015 para 2016, o crescimento foi de 26,6% nos pontos críticos (trechos com buracos grandes, quedasde barreiras, pontes caídas e erosões). A pesquisa concluiu que a piora está diretamente ligada ao baixo investimento do governo federal nas estradas.

Em 2015, diz o estudo, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB. O valor investido em rodovias foi de R$ 5,95 bilhões, quase a metade do que o país gastou com acidentes apenas na malha federal em 2015, R$ 11,15 bilhões. Já em 2016, afirma a pesquisa, até setembro, dos R$ 6,55 bilhões autorizados para investimento em infraestrutura rodoviária, R$ 6,34 bilhões foram pagos.

O presidente da Confederação Nacional de Transportes (CNT), Clésio Andrade, afirma no texto oficial da entidade que “os dados indicam a necessidade de fortes investimentos na infraestrutura de transporte e logística, de priorização de projetos e de modernização da infraestrutura rodoviária”.