Desde essa quinta-feira (1º), um abaixo-assinado tenta revogar a Zona Azul de São José. Implantado pela prefeitura em 10 de junho, na avaliação do vereador Antônio Lemos (MDB), que lidera o movimento, o sistema apresenta abusos no valor, horário e sinalização do estacionamento rotativo.
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Conforme Lemos o projeto foi aprovado na câmara pela legislatura anterior sem o debate necessário para a implantação.
– A Zona Azul foi aprovada sem um debate de qual valor seria, quantas vagas haveria, a gente soube quando foi implantado. Já está sendo apelidado de zorra azul – afirmou.
Críticas
O vereador cita outros municípios para afirmar que R$2,5 por uma hora de estacionamento para carros em São José é injustificável.
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– Em Joinville, que é três vezes maior que São José, a Zona Azul é de graça por duas horas. Em Blumenau, que é o dobro de São José, é cobrado R$ 1,50 por hora há anos – comparou.
Conforme Lemos, a maioria das cidades faz cobrança da Zona Azul das 8h às 18h de segunda a sexta, com gratuidade aos sábados.
– Em são José, a cobrança vai até as 19h durante a semana e aos sábados também é cobrado – relatou.
Antônio Lemos alega ainda que a sinalização da Zona Azul dificulta a acessibilidade.
– Em muitos lugares, foram colocadas placas em cima da faixa tátil dos cegos – contou.
Conforme o vereador, uma reunião foi feita entre a câmara e a prefeitura para tratar do assunto há algumas semanas, mas não houve avanços.
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Até esta sexta-feira (2), foram coletadas 600 assinaturas. O movimento deve seguir até o fim de setembro buscando apoio no comércio e sinaleiras de São José. Há ainda um abaixo-assinado on-line.
Contraponto
A secretária de municipal segurança de São José Andréa Pacheco explica que a prefeitura tem um contrato com a empresa que administra o sistema e há uma série de questões para serem observadas antes de uma possível revogação.
– Ele (Lemos) precisa estudar o projeto de Zona Azul, porque foi feito todo um estudo financeiro para se chegar a um valor. A empresa vencedora (da licitação) foi a que deu a melhor proposta, tanto em valor de tarifa, quanto em aluguel de vagas – ponderou.
Andréa alerta que a rescisão de contrato implicaria na indenização dos investimentos que a empresa fez no sistema.
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– Ele (o vereador) precisa de base legal para dizer que o preço é abusivo, precisa analisar os custos. Ele não pode comparar o preço de uma cidade com a outra, porque participa da planilha de custo a taxa de ocupação por vaga – criticou.
Conforme Andréa, os horários de funcionamento da Zona Azul foram definidos com base na demanda. Quanto à sinalização, ela esclarece que foram equívocos pontuais, já resolvidos pela prefeitura.