Pode vir Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas, Cinderela… Não importa, todas elas cabem no entusiasmo da professora Taise Soares de Oliveira, da cidade de Santiago, finalista do Prêmio RBS de Educação na categoria Escola Particular. Nas roupas das personagens de fábulas e contos de fadas, ela conduz uma viagem pela imaginação e leva junto pequenos sonhadores do Colégio Medianeira.

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O projeto aproxima os alunos de histórias infantis de um jeito diferente, lúdico e em busca de novas percepções. Tudo isso é possível graças à biblioteca infantil, que foi reinventada pela educadora e serve, muitas vezes, de cenário para as historinhas.

– A biblioteca não encantava. Junto com a Taise, conseguimos reorganizar o acervo infantil e montamos um lugar diferente, próprio para aguçar a imaginação durante a leitura – conta Jackeline Vione, coordenadora pedagógica do Colégio Medianeira.

Aos 25 anos, a professora leva todos os encantos da leitura mediada para crianças da Educação Infantil até o 4º ano do Ensino Fundamental. Conforme ela explica, imaginação e leitura têm de andar lado a lado. A atividade deve ser prazerosa e levar os leitores a novas descobertas.

– Não basta, apenas, a leitura estar ao alcance das crianças, é preciso tornar esse momento atrativo, encantador, para que o leitor tenha o desejo de conhecer a obra – afirma.

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Além de aproximar o mundo de fantasia dos alunos, a professora os convida a redescobrir seus universos. Após uma encenação, os alunos recriam o conto, uma nova versão a partir das histórias vivenciadas.

Entre as atividades, ela incentivou as crianças a inventarem diferentes finais para a obra Visconde, o Feiticeiro, de Monteiro Lobato, e alguns deles foram escolhidos para fazer uma encenação para toda a turma. Para os alunos do 1º ano, o projeto incluiu a realização de um curta-metragem sobre os bichinhos da floresta, e tanto roteiro quanto personagens foram escolhidos pelos próprios estudantes.

– É importante criar espaços onde eles possam expressar suas ideias e aguçar a curiosidade. Por meio da fantasia e da imaginação, podem acontecer novas descobertas – diz a professora.

A PROFISSÃO PARA MUDAR O MUNDO

“Desde a infância, as histórias estiveram presentes em minha vida, pois gostava de ler, imaginar os personagens e fazer desenhos. Atualmente, sou professora no Colégio Medianeira e trabalho na biblioteca infantil Monteiro Lobato, onde desenvolvo práticas de leituras, conto histórias para crianças e, juntos, mergulhamos em aventuras fantásticas. Nos emocionamos, sonhamos, buscamos novos conhecimentos a partir de obras literárias, superamos nossos medos e enfrentamos situações difíceis.

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Durante as contações de histórias, procuro proporcionar aos alunos momentos nos quais possam interagir, demonstrando criatividade e imaginação para resolver situações, adquirindo senso crítico, fazendo com que tenham curiosidade de conhecer outras histórias e, assim, possam desenvolver o gosto e o desejo pela leitura. Nas dramatizações feitas pelos alunos, é possível perceber a evolução de cada gesto, da fala. No final, os colegas aplaudem incessantemente, enquanto as crianças agradecem felizes, com um belo sorriso no rosto, por ser uma história que eles construíram juntos.

Por isso sou apaixonada pela minha profissão. É encantadora e ao mesmo tempo desafiadora, pois por meio dela é possível transformar as pessoas, suas atitudes e, consequentemente, o mundo.”

MODO DE FAZER

Projeto Práticas Pedagógicas de Leitura: construindo novos saberes no mundo globalizado

– Faça pesquisas e observações com professores, pais e alunos para encontrar a história a ser trabalhada de acordo com a realidade do aluno.

– Com base nas informações, selecione uma palavra-chave (por exemplo, lixo).

– Depois, faça uma contextualização para uma visão crítica e social, abordando temas relacionados com a palavra-chave escolhida (por exemplo: ambiente, higiene, saúde, organização do meio).

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– Na etapa da problematização, concretize o tema por meio de contações de histórias interativas, possibilitando aos alunos momentos de descobertas, diálogos e contato com diferentes recursos.

– Neste exemplo ilustrativo, a sugestão de leitura para a Hora do Conto seria o livro O Menino que quase Morreu Afogado no Lixo, da escritora Ruth Rocha.

– Após as contações, realize um bate-papo referente às histórias. Explore ideias e informações relacionadas às obras literárias que são retiradas da biblioteca e oportunize momentos de recontos e relatos.

Participe do júri popular

Escola Particular

12/11 – Nicole Bruna Sauthier Niche

13/11 – Suzana Borges da Fonseca Bins

14/11 – Taise Soares de Oliveira

Escola Pública

15/11 – Maria Alice Gouvêa Campesato

18/11 – Neusa Regina Klein Palma

19/11 – Rita Tessaro

Projeto Comunitário

20/11 – Clarisa Wolff Garcez

21/11 – Cristiane Fuzer

22/11 – Solange Carvalho de Souza