O Ministério Público/SC abriu inquérito para apurar a dívida com a saúde. Existem hoje 220 credores. A dívida do estado é de R$334 milhões. Até o momento, 31 fornecedores já formalizaram que pretendem interromper a entrega de medicamentos e insumos hospitalares. Eles querem um cronograma de pagamentos dos atrasados para regularizar o abastecimento.
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O presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, Cyro Soncini, diz que o cidadão não quer saber de quem é a dívida com a saúde.
— A dívida é do Estado. O cidadão tem direito ao atendimento — afirmou.
O Ministério Público considera que assim os serviços dos Centros de Saúde e as UTIs dos hospitais da rede estadual do estado podem parar. Os débitos com os fornecedores são referentes aos anos de 2017 e 2018. Na reunião no MP/SC, no dia 12 de abril, o secretário da Saúde, Helton Zeferino, confirmou que vem enfrentando problema com as dívidas dos anos anteriores e que o orçamento da saúde está sendo usado para manutenção dos serviços, sem sobras para saldar os restos a pagar.
No encontro com o MP o próprio secretário informou que se as ameaças de interromper o fornecimento se cumprirem, em 9 dias, os Centros Cirúrgicos vão parar as atividades. E, em 14 dias, as UTIS terão os atendimentos comprometidos. Soncini, em entrevista ao Estúdio CBN Diário, informou que o aparelho de raio X do Hospital Regional de São José está quebrado.
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