Um total de 52 mandados de prisão preventiva e outros 52 de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta terça-feira (4) em oito municípios da Grande Florianópolis, do Norte, do Vale do Itajaí, do Oeste e em onze unidades, entre presídios e penitenciárias, de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
A operação, denominada “Encarcerados”, acontece em Florianópolis, São Pedro de Alcântara, Joinville, Itajaí, Chapecó, Capinzal, Campo Erê e São Cristovão do Sul.
O objetivo da ação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), é identificar e prender lideranças e expoentes da organização criminosa paulista no Estado de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que integra a força-tarefa.
De acordo com o promotor de justiça regional do Oeste de SC, Alessandro Rodrigo Argenta, a quantidade de horas de conversas telefônicas dentro das unidades, captada dentro do sistema prisional, foi algo que chamou a atenção na investigação.
— Foram mais de quatro mil horas de interceptação de conversas de pessoas presas com o mundo exterior, com as lideranças, e a partir disso eles organizaram diversas questões envolvendo a facção, inclusive deliberações de morte, que acompanhamos nos áudios, deliberações sobre a organização financeira da facção, inclusive dos batizados — afirmou.
Continua depois da publicidade
Ouça a entrevista com o promotor de justiça regional do Oeste de SC, Alessandro Rodrigo Argenta?
O objetivo da organização, conforme o promotor, é, claramente, se expandir em território catarinense.
Os mandados estão sendo cumpridos também em seis municípios de outros quatro estados brasileiros, em Foz do Iguaçu e Umuarama, no Paraná; em Dourados e Aparecida Do Taboado, no Mato Grosso do Sul; em Junqueirópolis, em São Paulo, e em Maceió, em Alagoas, totalizando 66 mandados de prisão preventiva e 64 de busca e apreensão.
Investigação
A partir do trabalho de investigação realizado pela Promotoria de Justiça Regional de Segurança Pública do Oeste do Estado, foi possível identificar dezenas de pessoas integrantes de facções que atuam nos municípios catarinenses conforme o MPSC.
— A investigação também focou na organização, integração das lideranças, gestão de recursos (dinheiro, drogas e armas) e expansão da Facção Paulista em nosso Estado. Durante o acompanhamento, além da identificação das lideranças, foram obtidas informações acerca de diversos crimes praticados pelo grupo criminoso, incluindo identificação de um homicídio no interior do sistema prisional de Joinville e tortura praticada contra uma mulher na cidade de Florianópolis — afirmou o órgão por meio de nota.
Continua depois da publicidade
De acordo com o Ministério Público, também foram obtidas informações relacionadas a diversos crimes praticados pelo grupo criminoso, incluindo a identificação de um homicídio no interior do sistema prisional de Joinville e tortura praticada contra uma mulher na cidade de Florianópolis.