É feriado na capital baiana, decretado por conta do jogo Uruguai x Nigéria, nesta quinta-feira, às 19h. Com isso, a concentração vai começar cedo no centro da cidade: na praça de Campo Grande, milhares de manifestantes são esperados a partir das 14h na concentração para uma passeata até o estádio da Fonte Nova.

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Criador de uma das páginas do protesto no Facebook, o poeta Pareta Calderasch afirma que a caminhada deve ser pacífica, mas a ideia é ir até a frente do estádio expor a insatisfação com os problemas que estão levando pessoas às ruas em todo o país. Ontem à tarde, um grupo se reuniu sob a copa de árvores no Passeio Público, centro da cidade. Depois de cinco horas, foi definida a rota da manifestação – não sem muita discordância sobre os objetivos do ato.

– Há muita gente querendo partidarizar o ato, colocar pautas absurdas – queixou-se o poeta.

Por enquanto, o transporte precário em Salvador é a principal reclamação. Basta andar alguns minutos no trânsito caótico da cidade para entender porquê: paradas de ônibus reúnem, a qualquer hora, dezenas de pessoas, que, muitas vezes, têm de correr atrás de ônibus lotados. Sem falar no metrô de Salvador, em construção há 13 anos, com apenas seis quilômetros prontos e sem jamais ter funcionado.

O governo estadual não se informou se está em contato com os manifestantes ou como a polícia vai se portar em relação ao protesto. Em nota, limitou-se a recomendar que “o direito de manifestar conviva com o direito das famílias que vão ao estádio assistir aos jogos da Copa das Confederações”.

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O temor é que haja confronto caso as pessoas tentem ultrapassar o bloqueio de montado desde as 12h desta quinta-feira em torno da Fonte Nova.