É hora do Figueirense começar a pensar em 2013. A derrota para o São Paulo, por 2 a 0, foi o reflexo de uma equipe abatida, que foi amplamente dominada durante os 90 minutos. O resultado só não foi mais elástico porque o tricolor preferiu não forçar, quase em ritmo de treinamento. Os gols da partida foram marcados por Luis Fabiano e Douglas
Continua depois da publicidade
A rodada foi boa para o São Paulo, que dormirá no G-4. Além da vitória sobre o Figueirense, o Vasco perdeu para o Santos, o que colocou o Tricolor na quarta colocação. O Alvinegro segue em penúltimo, a 10 pontos de sair da zona de rebaixamento. Na próxima rodada os catarinenses enfrentam o Internacional, em Porto Alegre, na quarta-feira. Os paulistas recebem o lanterna, Atlético-GO.
14 minutos. Foi esse o tempo que o Figueirense resistiu diante do São Paulo. Postada defensivamente, a equipe catarinense buscava o contra-ataque. Equilibrado, o confronto pendeu para o lado paulista quando Luis Fabiano desequilibrou. Depois de um cruzamente de Jadson o atacante, sozinho, cabeceou para o fundo das redes defendidas por Wilson, que nem se mexeu. Foi o 15º gol do fabuloso na Série A.
O gol abalou o Figueirense, que, sem espírito, cedia espaços para o São Paulo. O Furacão ainda perdeu João Paulo, que saiu com um problema no ombro. Na sequência, a equipe paulista aproveitou nova chance. Depois de uma boa jogada pela esquerda, Maicon fez um belo passe para Douglas, completar quase da marca do pênalti. A bola ainda desviou na defesa e enganou Wilson, que nada pode fazer.
A pressão do São Paulo continuou por toda a primeira etapa. Superior tecnicamente, o Tricolor desperdiçou chances. O Figueirense, acuado, não conseguia criar. Aloisio, isolado, não recebeu bolas em condições de finalizar. O único chute perigoso do Alvinegro veio dos pés do Touro Bandido. O atacante, em jogada indivudual, bateu de direita e Rogério Ceni encaixou.
Continua depois da publicidade
Na saída para o intervalo, o lateral-esquerdo Helder resumiu a atuação do Figueirense:
– Muito apático, temos que ter mais reação para virar o resultado.
Na volta para o segundo tempo, o Figueirense encontrou um São Paulo acomodado. Tranquilo na partida, o Tricolor dominava o jogo e parecia não se esforçar para manter o resultado. A equipe catarinense tentou subir a marcação, para pressionar os paulistas.
Porém, nos primeiros 10 minutos, a cena mais importante da partida foi uma trombada entre o meia Jadson e o árbitro, Leandro Vuaden. O resultado foi um corte no dedo mínimo da mão direita do juiz, que seguiu na partida. Em uma tarde de contusões, foi a vez do zagueiro Edson sentir uma lesão muscular. O zagueiro, que havia entrado no lugar de João Paulo, também lesionado, deu lugar a Doriva. Com isso, Jackson passou para a defesa.
O restante da partida seguiu como um treinamento de luxo. De um lado, o padrão tático apresentado pelo São Paulo, que concentrava as ações e ainda marcava forte. Do outro, um Figueirense desorganizado e abatido, conformado com o rebaixamento.
FICHA TÉCNICA
São Paulo (2)
Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo, Cortez; Wellington, Maicon (Cícero), Jadson (Casemiro), Douglas; Osvaldo (Ademilson) e Luis Fabiano
Continua depois da publicidade
Técnico: Ney Franco
Figueirense (0)
Wilson; Elsinho, João Paulo (Edson) (Doriva), Sandro, Helder; Jackson, Claudinei, Coutinho, Ronny; Julio Cesar (Botti) e Aloisio
Técnico: Márcio Goiano
Gols: Luis Fabiano (S), aos 14 minutos do 1º tempo, Douglas (S), aos 20 minutos do 1º tempo
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS), auxiliado por Alessandro A.Rocha de Matos (BA) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Público: 27.741
Renda: R$ 655.694,00