Em um dos três abrigos montados em Rio Negrinho, Planalto Norte do Estado, no da Escola de Educação Básica Professor Ricardo Hoffmann, no bairro Industrial Norte, havia 37 pessoas na tarde desta segunda-feira, com a previsão de chegada de mais 13 pessoas até o fim do dia, conforme a diretora Evelize Pscheidt.
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Rio Negrinho, junto com Guaramirim (no Vale do Itapocu) são as cidades mais atingidas pelas chuvas no Estado. Ambas decretaram situação de calamidade pública no fim de semana. No município do Planalto Norte, conforme o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, que responde pela Defesa Civil, Ilário Froehmer, há 92 pessoas em abrigos e acima de 200 desalojadas.
Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados pela Prefeitura. No local, os desabrigados estão recebendo cobertores, colchões, travesseiros, além de materiais de higiene pessoal, como sabonete, escova de dente e creme dental, doados pela comunidade.
Segundo Evelize, também deve chegar ao colégio para distribuição: shampoo, fraldas entre outros itens, enviados pelo governo estadual. Um bazar organizado dias antes pela direção da escola, possibilitou que os moradores afetados pela enchente tivessem acesso a novas roupas e calçados.
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Pelo menos 20 voluntários, entre professores, cozinheiras e auxiliares, ajudam a cuidar dos abrigados.
– Estamos autorizados a usar tudo que é da merenda da escola para alimentá-los – informou Evelize.
A moradora recém-chegada de Itajaí, Litoral Norte, a Rio Negrinho, Mara Luco, 49 anos, foi um dos surpreendidos pela enchente que perdeu tudo, e, agora, busca apoio no local junto com os três filhos.
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– Na madrugada (de domingo) estavam dizendo que ia encher, então peguei tudo que estava no primeiro andar, coloquei em caixas e guardei no segundo piso. A gente jamais imaginava que a água ia chegar ao segundo piso. Saímos de casa pela janela – contou a moradora no início da tarde desta segunda.
A partir de agora, a moradora não pretende voltar a viver na casa nos fundos da rodoviária. Mara pretende encontrar um local mais alto para morar com os filhos.
– Vim para cá por ser um lugar mais sossegado para os meus meninos crescerem – disse a nova moradora.
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Ela agradece a receptividade encontrada no abrigo:
– Estamos sendo muito bem tratados, me levaram até no médico. É muito bom, principalmente quando estamos longe da família da gente – relata Mara, que se submeteu a uma operação de redução de estômago há cinco meses.
A diretora da escola, apela para que as pessoas façam doações de água, já que o colégio conta apenas com uma caixa, e a água está sendo usada nos banhos dos desabrigados, na cozinha e para beber.
Os outros dois abrigos foram montados nas escolas municipais Aurora Jablonski, no bairro Bela Vista, e na Cláudio Longer, no Pinheirinho.
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