No quinto dia de espera pelo resgate, os nove trabalhadores soterrados na Mina Cabeza de Negro, a Oeste do Peru, sinalizaram nesta terça-feira que aguardam a retirada com ansiedade e esperança.

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As autoridades peruanas informaram que as dificuldades se devem aos desabamentos constantes de rochas na região. Porém, a ministra da Mulher, Ana Jara, disse que já foi iniciada a operação para a abertura de um canal entre a superfície e o local onde estão os trabalhadores.

A Mina Cabeza del Negro está localizada na área de Quilque, a 38 quilômetros da cidade de Ica e a aproximadamente 300 quilômetros de Lima. O acesso à mina é feito por uma estrada considerada difícil, pois é estreita, sinuosa e perigosa. Em geral, os caminhões fazem o percurso.

Roger Pariona, um dos nove mineiros presos na mina, disse que todos estão à espera do resgate, mas que há um clima de tranquilidade porque eles ouvem os ruídos causados pelas máquinas usadas pelos especialistas. “Todos nós esperamos para sair, mas estamos calmos e fortes”, disse ele, que é apontado como líder do grupo.

Por meio de um tubo de 200 metros de comprimento, os mineiros recebem líquidos e alimentos, além de oxigênio.

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– Nós podemos ouvir o som do trabalho que estão fazendo, sabemos que eles estão perto e acreditamos que em poucas horas nós seremos resgatados – disse Patriona.

A Direção Regional do Instituto Nacional de Defesa (Indeci) de Ica, região onde está a mina, informou que na relação dos trabalhadores soterradas estão Javier López Tapia, Roger López Tapia, Felix Aguilar Cucho, Jesús Jacatinta Rayme, Carlos Galindo Huamaní, Edwin Bellido Huaita Sarmiento e Júlio César.