Em quase dois meses do início da campanha de vacinação, Santa Catarina vacinou apenas 10% do público-alvo com a vacina bivalente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até terça-feira (11), 186.470 doses foram aplicadas — ao todo, 1.857.129 pessoas estão aptas a receber o imunizante no Estado.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

A campanha teve início em 27 de fevereiro. Na época, a vacina bivalente, que oferece uma proteção extra contra a variante Ômicron, foi disponibilizada apenas para pessoas em vulnerabilidade abrigadas pelo Estado, trabalhadores da saúde, pessoas com 70 anos ou mais, pacientes imunossuprimidos e população indígena.

Depois, em março, foi liberada a vacinação para pessoas com mais de 60 anos. Por fim, o último público contemplado com o imunizante foram aqueles que possuem comorbidades. A liberação ocorreu em 3 de abril.

O que SC aprendeu após três anos do decreto que suspendeu atividades por conta da Covid-19

Continua depois da publicidade

Até o momento, Santa Catarina já recebeu 671.094 doses do Ministério da Saúde. Dessas, 186.470 doses foram aplicadas, sendo 186.246 de reforço, 179 referentes a terceira dose e 45 da primeira dose de reforço.

A faixa etária com o maior número de pessoas vacinadas com a vacina bivalente são os idosos com 70 a 74 anos — neste grupo, foram aplicadas 38.706 doses. Em seguida vêm aqueles entre 65 e 69 anos, com 36.970 aplicações, e entre 60 e 64 anos, com 34.151.

Já entre as cidades com a maior cobertura vacinal, Santa Helena lidera a lista com 47,30% do público-alvo, seguida de Barra Bonita, com 46,53%, e Santa Terezinha do Progresso, com 41,09%.

Por outro lado, 10 cidades catarinenses não têm registro de vacinação da dose bivalente no sistema do Ministério da Saúde: Apiúna, Benedito Novo, Bocaína do Sul, Dionísio Cerqueira, Fraiburgo, Modelo, São João do Itaperiú, Serra Alta e Tigrinhos.

Continua depois da publicidade

Qual a diferença da vacina bivalente para a monovalente

As vacinas bivalentes foram criadas com o objetivo de oferecer proteção extra contra a variante Ômicron. Isto porque os primeiros imunizantes usados no combate à pandemia, conhecidos como monovalentes, fornecem menos proteção frente a essa variante — apesar de serem eficazes contra casos graves, óbitos e hospitalizações.

Por enquanto, as vacinas bivalentes foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a população a partir de 12 anos. Elas são indicadas como dose de reforço e devem ser aplicadas a partir de três meses após o esquema primário ou reforço anterior. No Brasil, vai receber a bivalente aqueles que tiverem concluído o esquema vacinal com duas doses da vacina monovalente.

Quatro em cada cinco cidades de SC não tiveram mortes por Covid-19 em 2023

O imunizante foi aprovado pela Anvisa em novembro do ano passado. De acordo com a diretora Meiruze Freitas, o objetivo do reforço com a vacina bivalente é expandir a resposta imune específica à variante Ômicron e melhorar a proteção da população.

Porém Meiruze alerta que as pessoas não devem atrasar a vacinação com as doses de reforço atualmente disponíveis para esperar pela vacina bivalente, principalmente os mais velhos.

Continua depois da publicidade

— Todas as vacinas de reforço aprovadas ajudam a melhorar a proteção contra casos graves e morte por Covid-19 — pontua.

Leia também:

Doença inédita em frutas cítricas causa alerta em SC

SC confirma caso de raiva bovina e emite alerta a produtores rurais