O Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano nesta quarta-feira (29). A decisão unânime dos nove diretores do BC mantém uma sequência de altas na taxa de juros na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) chefiada pelo novo presidente, Gabriel Galípolo.

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O aumento de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia já era esperado por grande parte do mercado financeiro, após o próprio Banco Central fazer essa previsão em dezembro do ano passado.

Da mesma maneira, o Copom projeta uma nova alta na Selic na próxima reunião, por conta da crescente inflação no país.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, escreveu o Copom.

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A depender do comportamento da inflação, o processo de alta deve continuar nos próximos meses. A projeção prevê que a taxa supere 15% ao ano ainda em 2025, maior nível em quase 20 anos.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, completou o Copom na ata da reunião.

Reunião da Selic foi a primeira com maioria definida por Lula

A reunião desta quarta-feira foi também a primeira com os diretores indicados pelo presidente Lula como maioria no colegiado. Assim, eles foram responsáveis diretamente pela decisão tomada.

Os diretores da instituição possuem mandato fixo após a aprovação da autonomia operacional do BC, autorizada pelo Congresso Nacional e válida desde 2021. Até o fim do ano passado, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, assim como a maioria da diretoria, era composta por indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, Lula indicou Galípolo para a presidência do Banco Central.

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*Com informações do g1

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