O senador mineiro Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e possível candidato à Presidência da República, comparou nesta segunda-feira o governo petista à execução de um “software pirata”.

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– Quando o governo copiou, acertou. As privatizações foram demonizadas por muito tempo, mas agora o governo se curva a essa necessidade. Precisamos substituir o software pirata pelo original – disse.

Palestrante na Federasul, em Porto Alegre, o tucano criticou o excesso de intervencionismo do governo brasileiro e lamentou a crise de confiança de investidores em relação ao país. Segundo ele, o Brasil se transformou um “grande cemitério de obras inacabadas e paralisadas”.

– O Brasil precisa de gestão, ousadia e coragem para construir um projeto de país, e não de um projeto de poder.

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O senador mineiro ainda lamentou o resultado do primeiro leilão da área do pré-sal, que fracassou, conforme ele, por não ter “nenhum real de ágio “. Ele também destacou que, em 2013, o Brasil só deve superar a Venezuela, e que no governo FHC as taxas de crescimento brasileira eram o dobro da registrada pelos países vizinhos.

– O marco deste governo vai ser crescimento pífio, inflação alta, descontrole nas contas públicas e maquiagem fiscal.

Sobre a definição da candidatura tucana, Aécio disse que até o final do ano o partido irá apresentar um conjunto de propostas com as necessidades do país. Embora Aécio seja o nome mais provável para disputar o cargo, José Serra também está percorrendo o país com discurso de candidato.

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– Sou mineiro, e a gente não costuma colocar o carro na frente dos bois – afirmou, ao ser questionado sobre a escolha do nome, prevista inicialmente para março.

Deputados do PSDB e do PP acompanharam a palestra. Em sua passagem pelo Estado, Aécio também irá visitar o senador gaúcho Pedro Simon e participar do encontro estadual da sigla, em São Leopoldo.