O pré-candidato a presidência, Ciro Gomes (PDT), participou de dois eventos nesta quinta-feira em Joinville. Durante a tarde, ele se reuniu com empresários na Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Médias Empresas (Ajorpeme) para um bate-papo aberto ao público. A conversa acabou girando em torno das soluções que o político e economista enxerga para a crise brasileira. Ele defende um grande diálogo nacional para resolver os problemas do País.

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O convite foi da própria equipe de Ciro Gomes para conhecer quais as dificuldades das micro e pequenas empresas. Para o presidente da Ajorpeme, Célio Luiz Valcanaia, a classe é muito mal tratada e está no final da lista de prioridades no Brasil. Durante a visita do pré-candidato, foi entregue a ele um documento com diversos pleitos da associação para melhorias que podem ser discutidas na esfera federal. Os pedidos são no sentido de simplificar os procedimentos e otimizar os custos para as empresas.

– O simples nacional, que é a forma que a gente é tributado, não tem acompanhado a inflação e sido corrigido da forma como deveria. Isso, logicamente, se reflete para nossos associados e é uma das nossas reivindicações – explica.

Ciro Gomes foi governador do Ceará, deputado federal, ministro da Fazenda e da Integração Nacional. Durante o bate-papo, ele falou sobre as crises econômica e política, fazendo um histórico de como o País chegou ao atual momento. Segundo ele, é necessário discutir um projeto nacional de desenvolvimento, com começo, meio e fim, sem uma interrupção ideológica. Ele diz que isso é o que têm impedido o Brasil de olhar sua própria realidade.

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– Estamos enfrentando um colapso político, moral e institucional. No meu ponto de vista é praticamente uma certa anarquia. Aí a gente precisa pôr em debate o que aconteceu para trazer o Brasil para essa situação e o que precisamos fazer. Vamos perceber a necessidade de um grande diálogo nacional – defendeu.

Sobre a realidade política do País, Ciro Gomes defendeu uma reforma que possibilite um sistema distrital misto. Além disso, ele também disse que a população desenvolveu a ilusão de que existe uma enjenhoca que resolverá as contradições criadas por uma democracia sem cidadania treinada.

– Por exemplo, 86% da população brasileira são da classe média para pobres, mas 78% do Congresso são de ricos. Temos 52% da população de mulheres e no Congresso tem 84% de homens. É uma distorção tremenda de uma democracia de baixo exercício cidadão – explicou.

Depois da conversa na Ajorpeme, o pré-candidato à presidência também participou do 3º Congresso Nacional das Engenharias de Mobilidade, onde palestrou sobre o tema “À que e à quem deve servir a ciência e tecnologia?”.

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