Os três principais candidatos na disputa pelo Senado participaram na manhã desta quarta-feira de um painel da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. Dário Berger (PMDB), Milton Mendes (PT) e Paulo Bornhausen (PSB) tiveram 15 minutos cada para uma apresentação e depois responderam a cinco perguntas formuladas pelos industriais, com três minutos cada para respondê-las. Não houve perguntas entre os candidatos ou direito a réplicas.

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Por sorteio, o primeiro a falar foi Bornhausen, que procurou mostrar suas vínculos com a indústria quando ocupou os cargos de deputado federal, estadual e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Sustentável. Falou da participação, na Câmara dos Deputados, das articulações para aprovar a Lei Ficha Limpa e para acabar com a cobrança da CPMF. Da atuação na secretaria, destacou o programa Juro Zero, a criança de 18 centros de inovação e a instalação da fábrica da BMW em Santa Catarina.

– Senador de Santa Catarina tem que valer por três, quatro, cinco, porque ele tem que lutar para que as politicas públicas não discriminem Santa Catarina. As políticas genéricas não servem para o nosso desenvolvimento.

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Dário relembrou sua história pessoal e política desde a decisão da família de deixar Bom Retiro e migrar para a Capital para que ele e os irmãos pudessem continuar os estudos. Falou sobre os mandatos como vereador e prefeito em São José e prefeito em Florianópolis. Destacou números à frente dessas administrações, como a construção de elevados, salas de aula e unidades de saúde. Prometeu se engajar pela reforma tributária e pela revisão do pacto federativo, aumentando os recursos para os municípios.

– As prefeituras estão quebradas. Quando você concentra o dinheiro todo em um bolo só, distante da população, evidentemente acontece o que está acontecendo hoje. O município é fiscalizado pelo cidadão, pelo vereador, pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas, pelo exército da salvação.

Mendes também destacou a origem humilde, como filho de mineiro que deixou Criciúma para estudar Direito em Itajaí. Lembrou a carreira política como vereador em Criciúma, deputado estadual e federal. Deu ênfase ao período em que presidiu a Eletrosul, dizendo que nessa época pode compreender a força da indústria catarinense. Ressaltou a experiência de vida e disse ter atributos pessoais para ser senador.

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– Os banqueiros já tem gente que defenda eles muito bem, com muita competência. Precisamos de uma defesa em outro patamar, defesa que consiga compatibilizar os interesses da sociedade e da indústria, porque são os mesmos.

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