Citado em delação do executivo da JBS Ricardo Saud na Operação Lava-Jato, o senador catarinense Dário Berger (PMDB) se manifestou por meio de nota oficial nesta terça-feira. No texto, ele nega o recebimento de R$ 1 milhão e a suposta traição a Luiz Henrique da Silveira, morto em 2015, na votação à presidência do Senado em 2014.
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Em trecho do depoimento gravado em vídeo à Procuradoria Geral da República (PGR), Saud diz que Berger teria sido beneficiado com R$ 1 milhão em 2014 e que o repasse teria sido feito pelo também senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Confira a nota oficial do senador Dário Berger na íntegra:
Preocupado com as notícias veiculadas a respeito de recursos financeiros que teriam sido recebidos na campanha eleitoral de 2014, para o Senado Federal, e ciente do compromisso com a verdade perante meus eleitores e a sociedade catarinense, afirmo:
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1. Todos os recursos recebidos pelo Comitê Financeiro da minha campanha tiveram origens lícitas e assim estão registrados.
2. Relativamente ao suposto valor um milhão de reais noticiado pela imprensa com base em uma delação, dele não tenho conhecimento; não o recebi e tampouco jamais chegou ao Comitê Financeiro de minha campanha.
3. A falta de compromisso com a verdade chegou ao ponto de ter sido posta em dúvida minha amizade e lealdade para com o pranteado amigo, grande líder catarinense e brasileiro, senador Luiz Henrique da Silveira. Grave ofensa à minha pessoa e à amizade e fidelidade para com meu amigo.
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4. É que, muito embora a votação para a eleição à Presidência do Senado tenha sido secreta, ficou comprovado, pela mídia nacional, que não apenas fui um dos protagonistas da campanha como honrei a amizade e votei em Luiz Henrique da Silveira,: “Os três Senadores do PMDB que apoiam Luiz Henrique são Waldemir Moka (PMDB – MS), Ricardo Ferraço (ES) e Dário Berger (SC)” (Valor Econômico, 30/01/2015).
5. Por estar com a consciência tranquila e confiante que esta verdade triunfará, continuo no exercício da missão que o povo catarinense me confiou.
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