Aquela velha história de que “clássico é clássico” e “jamais há favoritismo” pode até parecer conversa fiada, mas em se tratando de Avaí e Figueirense isso tem tudo a ver. Nos dois últimos clássicos da Capital, as equipes que chegaram em alta acabaram derrotadas pelo rival em baixa. Basta lembrar a vitória do Figueirense por 4 a 0 na Ressacada, pela Série B do ano passado, quando o time azurra vivia um momento muito melhor e parecia caminhar rumo à Série A. O final da história, todo mundo sabe e ninguém se esquece – tanto avaianos como alvinegros.
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Na mesma Série B de 2013, no primeiro turno, os rivais da Capital já haviam se enfrentado no Scarpelli e, na ocasião, o Figueirense entrou com um certo favoritismo ao seu lado, por estar no G-4, mas viu o Avaí surpreender e fazer 3 a 1, com direito a show e golaço de Marquinhos.
Neste domingo, o clássico será na casa do Figueirense, às 18h30min, e o momento das equipes é completamente oposto: o Figueirense está na ponta de cima da tabela, enquanto o Avaí é o lanterna e parece não conseguir fugir da crise que dura desde o último clássico – foi ao perder por 4 a 0 em casa que a situação do Leão começou a desandar. Até por isso, uma vitória na casa do inimigo poderia ser o início de uma mudança de rumos para o clube azurra.
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Profissionais
Ver o rival em pior fase contrariar as previsões e sagrar-se vencedor no clássico não é nenhuma novidade. Fernandes, um dos maiores ídolos do Figueirense, e Evando, autor do gol que levou o Avaí à Série A em 2008, estiveram na redação do DC nesta semana de clássico e contribuíram para o debate. Segundo os ex-atletas, entre os jogadores chega a existir um temor quando um clube chega muito melhor que o outro ao clássico.
– Nem me lembro quantas vezes isso já aconteceu. A mais marcante, sem dúvida, foi a decisão de 2012, quando vencemos os dois turnos e fomos destruídos pelo Avaí, que chegou até a final aos trancos e barrancos – lembra o maior artilheiro do Alvinegro.
Evando também descarta favoritismo para o Figueira e explica sua teoria: para ele, quando os momentos são muito distintos, o clube que está em baixa acaba entrando mais focado, como se fosse o último jogo da vida.
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– O clássico é como um torneio à parte. Não importa momento, mando de campo. É a vontade, a raça que acaba sendo decisiva na maioria das vezes – diz o Iluminado.
O momento dos times
A única dúvida no Furacão para o jogo deste domingo é o volante Rivaldo. Se ele não puder jogar, Nem será o substituto. O técnico Vinícius Eutrópio está de olho na classificação para o quadrangular do Estadual e para isso, precisa de uma vitória. As contas do comandante alvinegro são simples: fazer 15 pontos e garantir uma vaga na próxima fase. ?
Já o Avaí vive uma das piores crises em sua história recente. O time é o lanterna do Catarinense, com apenas quatro pontos em seis jogos, e será treinado por Raul Cabral, já que Emerson Nunes foi demitido após a derrota para o Brusque na última quinta-feira e Paulo Turra começa a trabalhar oficialmente como o novo treinador apenas na segunda-feira – ele estará no Scarpelli junto com a direção acompanhando a partida, mas não comandará o time do banco.
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FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE
Tiago Volpi; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno, Marquinhos Pedroso; Nem, Marcos Assunção, Wesley; Éverton Santos, Lúcio Maranhão e Dudu
Técnico: Vinícius Eutrópio
AVAÍ
Diego; Bocão, Antônio Carlos, Bruno Maia, Eduardo Neto; Eduardo Costa, Tinga, Cleber Santana, Marquinhos; Betinho e Roberto
Técnico: Raul Cabral (interino)
Arbitragem: Héber Roberto Lopes, auxiliado por Kléber Lúcio Gil e Neuza Inês Back
Horário: 18h30min
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis