No último domingo, a Escola Básica Municipal Hella Altenburg foi alvo de bandidos em Blumenau. Os criminosos entraram na sala de professores e levaram um aparelho de TV, computador e até duas portas. Esse tipo de crime em instituições de ensino já se repetiu 19 vezes desde o ano passado na cidade. Somente em 2019, foram oito unidades invadidas.
Continua depois da publicidade
A Lauro Muller, por exemplo, recebeu a visita indesejada quatro vezes em um período de 13 meses. O diretor financeiro da Secretaria Municipal de Educação, Mauro Tessari, diz que há uma preocupação constante com relação a seguranças nas instituições de ensino.
De um modo geral, é registrada uma ocorrência por mês, e muitas delas estão vinculadas a furto de cabos de energia:
– A maioria dos locais por regra possui vigilância eletrônica. Se o crime ocorrer dentro da área coberta, a empresa tem responsabilidade de ressarcir os prejuízos. De um modo geral, cada ocorrência é um problema. Em um contexto geral, se for montar uma supersegurança, a administração municipal teria um custo maior que o prejuízo eventual causado.
O diretor financeiro aponta que, em geral, as ocorrências são registradas em horários de menor fluxo. Além dos cabos de energia, itens como bicicletas, televisores, ferramentas, equipamentos eletrônicos e gêneros alimentícios são os principais alvos dos criminosos.
Continua depois da publicidade
O tenente-coronel Jefferson Schmidt, comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, avalia que os números de furtos a escolas municipais são reduzidos, se comparados a furtos a residências em Blumenau. A questão de estabelecimentos públicos serem alvos de visitas “dos amigos do alheio” – como diz Schmidt – é sinal que os criminosos perderam o respeito e o medo de serem flagrados.
– Furtos a instituições de ensino demonstram a má índole dos ladrões, que não respeitam sequer os locais que são destinados à educação – destaca.
Mauro Tessari afirma ainda que as polícias Militar e Civil já atuam com o monitoramento de rotina nas comunidades. Mas, além dos órgãos de segurança, o monitoramento dos locais públicos cabe também à comunidade e direção escolar:
– A escola é um bem público que deve ser protegido por todos. Quem está no entorno, tem mais motivos para fazer isso. Uma população vigilante acaba reduzindo as ocorrências.
Continua depois da publicidade
O papel da comunidade é crucial para auxiliar na segurança, aponta o tenente-coronel Jefferson Schmidt. A sociedade pode atuar por meio da vigilância, comunicando a PM através do 190, qualquer atitude suspeita próxima a esses locais, principalmente à noite e de madrugada.