O debate televisionado entre o socialista François Hollande e o presidente conservador, Nicolas Sarkozy, a quatro dias do segundo turno da eleição presidencial francesa, começou tenso nesta quarta-feira à noite com um debate acirrado sobre questões relacionadas à união nacional. Os dois, que se enfrentarão no domingo no segundo turno da eleição, consideraram que são a principal opção para unir os franceses.
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– Quero ser o presidente da união. Os franceses estão uns contra os outros, divididos. Quero reuni-los. É esse sentido de mudança que eu proponho – declarou François Hollande, que abriu o debate.
– Tenho uma prova desse espírito de união: nunca houve violência durante o meu mandato. Há aqueles que falam de união, e aqueles que a fizeram – respondeu Nicolas Sarkozy.
Depois, o atual presidente afirmou que seu adversário não podia ser um promotor da união por ter deixado seus assessores atacá-lo, comparando-o ao investidor americano Madoff ou fazendo um paralelo entre alguns de seus comícios e os realizados na Alemanha nazista ou no franquismo.
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– Senhor Sarkozy, você faz mal em se passar por vítima – respondeu Hollande antes de afirmar que condena “todos os excessos”.
Este debate único de duas horas e meia é transmitido por cerca 10 redes de televisão e é acompanhado por cerca de 20 milhões de telespectadores. O candidato socialista recebeu 28,6% dos votos no primeiro turno contra 27,2% do presidente atual.
Todas as pesquisas o apontam como vencedor no domingo com de 53 a 54% dos votos, embora o atual presidente tenha conseguido reduzir a vantagem de seu rival nos últimos dias.
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